Theo Chaves
Dados do último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2023 mostram que o número de veículos quase dobrou em Alagoas nos últimos 10 anos. As cidades que possuem as maiores frotas são Maceió e Arapiraca, respectivamente.
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De acordo com o estudo, atualmente, Alagoas tem uma frota de 1.095.144 veículos. O número é 78% maior que o registrado em 2013, quando havia 614.566 veículos. O número atual representa um aumento de mais de 480 mil veículos circulando em todo o estado.
Fonte: IBGE |
O estudo ainda mostra que Maceió é o município onde se concentra a maior parte da frota de veículos em Alagoas. Segundo os dados, atualmente, a capital alagoana possui 408.561 veículos registrados. Há dez anos, esse número era de 266.465 veículos.
Em seguida, aparece o município de Arapiraca, no Agreste alagoano, que no último Censo registrou uma frota de 137.032 veículos. Em 2013, esse número era de 76.264 veículos.
Já no comparativo com a série histórica, que começou em 2006, o número de veículos em Alagoas mais que triplicou. Há 17 anos, havia 277.978 veículos em todo o estado — o que representa um crescimento de 293% em 2023.
Maioria da frota de veículos em Alagoas é composta por carros
O último Censo do IBGE também apontou que a maioria da frota de veículos em Alagoas é composta por carros. De acordo com o órgão, atualmente são 1.095.144 veículos registrados no estado, dos quais 430.436 são automóveis.
Os dados ainda mostram que, atualmente, o número de motocicletas em Alagoas é de 396.212. Logo em seguida aparece a frota de caminhonete, com 70.342 unidades registradas em todo o estado.
Fonte: IBGE |
Já em Maceió, mais da metade da frota é composta por carros. Dos 408.561 veículos registrados no município, 211.308 foram automóveis. Atualmente, a capital alagoana possui 97.531 motocicletas.
Especialista explica aumento da frota e cita falta de mobilidade urbana
Para o engenheiro civil e especialista em mobilidade urbana, Antônio Monteiro, o aumento da frota de veículos em Alagoas, principalmente na capital alagoana, está diretamente ligado aos problemas de mobilidade urbana em algumas regiões.
Segundo o especialista, a falta de transporte público em massa faz com que a população investisse em transporte individual (carro ou moto) para se locomover no dia a dia.
"Esse crescimento é reflexo de um problema que se arrasta há anos. Em Maceió, não temos transporte público em massa, por exemplo, trens ou até mesmo o BRT. Também não temos muitas ciclovias. Isso dificulta a locomoção da população, que tem necessidade de investir em um transporte individual. Todos precisam se locomover, e isso é feito por carro ou motocicleta", explicou Monteiro, em entrevista ao TNH1.
O engenheiro ainda cita que o crescimento da frota de veículos impacta diretamente a mobilidade urbana da cidade.
"Em contrapartida ao aumento de veículos registrados, não tivemos grandes aberturas de vias ou obras importantes para a mobilidade urbana. Em Maceió, tivemos perdas de importantes vias, como algumas que ficam localizadas no bairro do Bebedouro. A consequência disso tudo é o aumento no número de acidentes, principalmente envolvendo motocicletas. Outra consequência é a perda de tempo para se locomover na cidade, já que o trânsito aumentou", finalizou o especialista.
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