Redação
A força-tarefa da Lava Jato, formada por procuradores da República em Curitiba (PR), pediu nesta quarta-feira (19) ao juiz federal Sérgio Moro a condenação da jornalista Claudia Cruz, mulher do ex-deputado federal Eduardo Cunha.
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Claudia é acusada de lavagem de dinheiro e, devido à "gravidade dos crimes" praticados, o "regime inicial de cumprimento da sanção privativa de liberdade aplicada [...] deverá ser inicialmente fechado", sugere o MPF (Ministério Público Federal).
O pedido se fundamenta no esquema de corrupção que Eduardo Cunha comandou ao viabilizar contrato de aquisição de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo localizado na República do Benin, na África, pela Petrobras.
O negócio rendeu US$ 10 milhões, de acordo com o MPF, sendo ao menos US$ 1,5 milhão a Cunha. Esse dinheiro foi pulverizado em três contas na Suíça, sendo uma delas, a Köpek, no Banco Julius Bär, mantida por Claudia Cruz.
O principal argumento dos procuradores é que Claudia Cruz pagou despesas pessoais com esses recursos.
— Com os valores de origem criminosa recebidos por EDUARDO CUNHA em conta, CLAUDIA CRUZ utilizou-os para compras de valores vultuosos, mediante a aquisição de bens de luxo em lojas de grife nos Estados Unidos e na Europa, além do pagamento de outras despesas pessoais da acusada e de seus familiares.
Entre os locais em que Claudia fez compras estão lojas como Chanel, Christian Dior, Balenciaga, Prada, Louis Vuitton e Hermès localizadas em cidades como Paris, Roma, Lisboa e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Na petição, os procuradores alegam que "ao pagar substâncias despesas internacionais próprias e de sua família com recursos ocultos que sabia que eram provenientes de crimes, a acusada CLAUDIA CORDEIRO CRUZ deve ser condenada pela prática do crime de lavagem de dinheiro".
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