Polícia

Foragido há 24 anos, pescador que matou garoto é preso em Maceió; menor cavou a própria cova

Após a prisão em 2000, ele chegou a ficar seis meses custodiado, mas sumiu assim que foi posto em liberdade

| 22/02/24 - 09h02
| Foto: Polícia Civil de Alagoas / Divulgação

A Polícia Civil de Alagoas prendeu nessa quarta-feira (21) um homem de 58 anos que estava foragido da justiça há 24 anos. Ele já tinha sido preso em 2000 ao confessar que matou e enterrou um adolescente de 15 anos em Maceió.

O nome do acusado, que trabalhava como pescador, está sob segredo da polícia. Segundo o delegado Daniel Mayer, que coordena o Núcleo de Investigação Policial (NIESP), da Delegacia Geral, ele foi localizado na cidade de Barreiros, em Pernambuco, após mais de dois meses de investigações.

O menino morto na década de 1990 era morador de rua e teria sido obrigado a cavar a própria cova antes de ser morto. O homem confessou que matou o adolescente com tiros de espingarda e que o enterrou em uma cova rasa em um matagal em uma fazenda privada, em Porto Calvo (AL).

Após a prisão em 2000, ele chegou a ficar seis meses custodiado. Quando foi posto em liberdade, sumiu e estava foragido desde então.

Agora, os policiais civis deram cumprimento ao mandado de prisão expedido pela Justiça por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Preso, ele foi conduzido para a 92ª Delegacia de Polícia (92ªDP) de Maragogi para audiência de custódia.

Como aconteceu o crime

(Crédito: Polícia Civil de Alagoas / Divulgação)

A ação foi cometida junto de um comparsa. Segundo noticiado na época da prisão, o crime foi cometido durante uma bebedeira, quando os três estariam bêbados e começaram a discutir. Após uma série de ameaças supostamente recíprocas, os dois - o acusado e o comparsa - teriam decidido matar o garoto.

Ainda segundo informações coletadas na época, o adolescente ainda teria sido obrigado a cavar a própria cova antes de ser morto. 

Após o crime, ele fugiu para Paripueira (AL). Quando foi preso, o confesso revelou que uma mulher, que dizia ser a mãe do menino, teria ido à sua procura dizendo que o identificou como o responsável pelo sumiço.

Ele foi encontrado na casa do até então sogro e a polícia chegou ao conhecimento de que ele estaria se escondendo no local após comentários que ele teria feito a respeito do assassinato, que chegou ao conhecimento do chefe do Setor de Operações na época.

"Estou preso, mas minha consciência se encontra tranquila, visto que agora posso dormir sem lembrar do que fiz", destacou ele quando foi preso em 2000.