Revista Quem
Já são 60 anos desde a estreia de Chaves, seriado mexicano que coleciona uma multidão de fãs aficionados - muitos deles, brasileiros. Durante sua visita pelo Brasil, Florinda Meza falou sobre os constantes boatos envolvendo a briga de egos e conflitos do elenco nos bastidores.
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Intérprete a Dona Florinda e Popis, a atriz, de 74 anos, garantiu se dar bem com Maria Antonieta de las Nieves, teceu elogios a grande parte do elenco e, sobretudo, Roberto Bolãnos, com quem foi casada. Além de ser intérprete do personagem principal, Bolaños era o criador, roteirista e diretor do programa. "Na época eu não me dava conta, mas depois, com a sabedoria da maturidade, entendi que Roberto deve ter sido um grande líder por saber manter pessoas tão singulares, que além disso, eram atores, conhecidos por seus egos", analisa ao falar do ator, morto em 2014.
Conflitos nos bastidores - Apesar dos muitos boatos envolvendo problemas nos bastidores, sobretudo com a intérprete de Chiquinha (Maria Antonieta de las Nieves) e Quico (Carlos Villagrán), Florinda garante que, apesar dos desafios, sempre se relacionou bem com os colegas.
"Há sempre pessoas mais difíceis que outras em um grupo, em uma família, em uma casa... Sempre há alguns que têm personalidades mais difíceis que as dos outros. O grande desafio foi conviver com todos. Apesar das fofocas e mentiras sobre mim, eu jamais tive problema com ninguém", diz.
Ela não esconde, contudo, que a saída de Quico, o 'tesouro' de Dona Florinda, foi conflituoso. Carlos Villagrán deixou o programa em 1979 após desentendimentos com Roberto Bolãnos. O romance de Meza com o protagonista de Chaves teria azedado de vez a relação com Villagrán.
"Havia algumas pessoas muito conflituosas, mas essa gente saiu do programa e não voltou mais. O programa começou em 1970. O ator que fazia o Quico saiu do programa em 1979", relembra.
"Outros saíram e voltaram. Como é o caso de María Antonieta de las Nieves, que fazia a Chiquinha, e outros tantos papéis. Rubén Aguirre (Professor Girafales) também saiu e voltou. O Ramón Valdés (Seu Madruga) saiu, voltou e saiu de novo para nunca mais voltar porque morreu. Todos os demais nunca saíram e são muitos. Mas mesmo os que saíram, voltaram e estiveram conosco de 1970 até 1995. Muitos casamentos não duram 25 anos. Tem irmãos que rompem relações e deixam de se falar antes dos 25 anos e nunca mais na vida voltam a falar. Eu tive uma boa relação com todos", avalia.
Ao contrário do que muitos pensam, Florinda ressalta que não tem uma relação conturbada com a atriz María Antonieta de las Nieves. Apesar da distância, a atriz garante que ficaria feliz se um dia a reencontrasse.
"Faz muito tempo que não vejo a María Antonieta, mas vai me dar muito prazer reencontrá-la algum dia. A Cidade do México é muito grande, além disso, viajo muito e vivo em Cancún. É muito difícil a gente se encontrar", justifica.
Carinho especial com Seu Barriga, Madruga e o professor Girafales - Florinda ressalta que tem um carinho especial por alguns atores: "Amo o Édgar Vivar. Ele é o que faz o Seu Barriga, mas não é gordo há muito tempo. Amava Rubén Aguirre, o professor Girafales... O Ramón era uma pessoa muito linda e divertida. O Chato Padilla, o carteiro Jaiminho, era um amor de pessoa. Horacio, que fazia o Godinez, era irmão do Roberto (Bolãnos) e eu o queria muito bem".
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