Polícia

Fazendeiro é preso por matar amigo por ciúmes no Sertão

| 29/05/24 - 10h05
| Foto: Divulgação/PC-AL

O fazendeiro de 76 anos acusado de homicídio qualificado foi preso na zona rural de Major Izidoro, Sertão de Alagoas, nessa terça-feira (28). A prisão foi realizada por policiais civis do Núcleo de Investigação Especial (Niesp) da Polícia Civil.

A investigação mostrou que o idoso usou arma de fogo para praticar o crime há 32 anos no município de Taquarana, também no interior alagoano. Os policiais do Niesp, coordenados pelo delegado Sidney Tenório, percorreram diversas cidades entre Alagoas e Bahia em busca do foragido.

De acordo com Tenório, o acusado havia residido em Jeremoabo, na Bahia, até recentemente retornar à cidade natal, Major Izidoro, onde adquiriu uma propriedade rural. Lá, ele foi preso e conduzido ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Batalha, onde permanece detido aguardando audiência de custódia pela Comarca de Taquarana.

O crime

O homicídio, ocorrido em 1992, envolveu o assassinato de Nilo José da Silva, um comerciante de 52 anos, no posto de combustível denominado Taquarana, localizado no município de mesmo nome. Com um revólver e com um veículo emprestado, o fazendeiro matou a vítima, que até então era considerado um amigo. 

O crime teria sido motivado por ciúmes. O autor, insatisfeito com as investidas da vítima para com a companheira, pediu um veículo emprestado e se deslocou ao encontro de Nilo José. Testemunhas disseram que o fazendeiro, após discussão, sacou o revólver e colocou o cano da arma na boca da vítima, vindo a efetuar o primeiro disparo. Nilo José ainda foi atingido na cabeça por mais um disparo, caindo do lado de fora do veículo e sendo atingido por mais dois tiros à queima-roupa. Depois do assassinato, o fazendeiro devolveu o veículo ao proprietário e fugiu, abandonando a própria casa e o comércio.

Agora, o acusado aguarda a audiência de custódia pela Comarca de Taquarana, que dará continuidade ao processo judicial. A expectativa é que o caso siga seu trâmite normal até a realização do júri popular.

Para o delegado responsável pelo caso: “O trabalho investigativo foi mais um desafio lançado frente ao Niesp, tanto pelo tempo, como pelas dificuldades apresentadas no desenrolar dos trabalhos, contudo com o empenho de todos os envolvidos, conseguimos lograr êxito na captura desse foragido”, finalizou.

*Com informações da Ascom PC-AL