Os familiares de Juliana Nascimento da Silva, 31 anos, vítima de feminicídio no último dia 2, no município de Barra de Santo Antônio, prestaram depoimento à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira, 04. A mulher, mãe de cinco filhos, foi assassinada a tiros e o principal suspeito do crime é o ex-marido dela que agiu com a ajuda de um comparsa. Os dois estão foragidos.
A equipe do 19º Distrito Policial confirmou para o TNH1 que o pai e a mãe de Juliana estiveram na delegacia nesta manhã para serem ouvidos. O conteúdo do depoimento vai ser repassado ao delegado Eduardo Marques, responsável pelo inquérito. A reportagem não conseguiu contato com ele.
Segundo o que foi passado pela família, a vítima vinha sendo ameaçada de morte pelo suspeito e ele até usou um revólver para intimidá-la na frente dos filhos, adolescentes e crianças. Juliana chegou a morar em São Paulo com ele, mas devido à violência constante, conseguiu deixar a casa e voltou para Alagoas, onde os parentes residem.
A Polícia Militar esteve no local do feminicídio e soube, por meio de testemunhas, que a vítima estava acompanhada de um homem que seria o namorado dela. O ex-marido teria chegado com outro homem e efetuado os disparos contra Juliana, que não resistiu aos ferimentos. Já o namorado conseguiu escapar ileso do ataque.
No final da manhã desta segunda-feira (04), a Polícia Civil divulgou as investigações preliminares apontam que, na noite do dia anterior (1), a vítima, seu familiares e seu atual namorado ingeriram bebidas alcoólicas na cozinha de sua residência e, por volta das 23 horas, ela e o namorado foram para o alpendre da casa. Cerca de 2h30 depois, houve a execução de Juliana, a tiros.
"Até o momento, estão sendo tomados vários depoimentos, buscas por câmeras que possam ajudar na localização da moto usada no crime, além do trajeto que tomaram tanto na chegada como na fuga", diz a Polícia Civil.
Quem tiver informações sobre o paradeiro dos suspeitos pode entrar em contato com o Disque Denúncia 181. A população não tem custos com a ligação e o anonimato é garantido pelas forças de segurança.