Dois protestos fecham Fernandes Lima e geram congestionamento

Publicado em 19/11/2024, às 12h54
Protesto bloqueou parcialmente o trânsito na Avenida Fernandes Lima - Foto: Cortesia ao TNH1

TNH1

Familiares de crianças acometidas pela Síndrome Congênita de Zika (SCZ) bloquearam totamente o trânsito na Avenida Fernandes Lima, principal corredor de transporte da capital, no sentido Centro, para pedir que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, coloque em pauta o Projeto de Lei 6064/23, que visa indenizar e conceder pensão a pessoas com deficiência em decorrência da síndrome. 

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Além disso, as famílias pedem que o estado de Alagoas faça adesão a um plano de cirurgias do Ministério da Saúde e custeie a manutenção de uma van que está parada em uma empresa de manutenção veicular, segundo a organização, por falta de pagamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).


Com protesto fechando totalmente a Fernandes Lima no sentido Centro nenhum veículo passava pelo local. Foto: Gerenciamento de Crises da PMAL

O protesto é coordenado pela Associação Famílias de Anjos do Estado de Alagoas (AFAEAL) e teve início por volta das 9h. "Antes desse protesto enviamos ofícios, e-mails para os deputados federais e estaduais de Alagoas, enviamos ofícios para Defensoria Pública Estadual, Defensoria Pública da União e Ministério Público. Mas não tivemos resposta. Agora estamos aqui, aguardando uma agenda, uma reunião, para que a gente possa cobrar e ter essas respostas", disse a presidente da Associação Família de Anjos, Alessandra Hora.

Com o protesto, o trânsito registra congestionamento no sentido Centro. Equipes do Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT) estão desviando o fluxo por ruas transversais. O Gerenciamento de Crise da Polícia Militar também está no local.

Além disso, trabalhadores do Veredas fazem outro portesto, do outro lado da via, na porta do hospital e fecham uma das vias da Fernandes Lima, sentido Tabuleiro, com pneus em chamas. Veja o vídeo:


Procurada sobre a situação das famílias de crianças acometidas pela Síndrome Congênita de Zika, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o atendimento às crianças com microcefalia é realizado de forma bipartite, com ações conduzidas pelo Estado e pelos municípios de origem dos pacientes.

Entre os serviços assegurados pelo Estado, segundo a Sesau, estão: exames de tomografia computadorizada para diagnóstico de microcefalia, ecocardiograma, ultrassonografia computadorizada, eletrocardiograma e BERA, além de consultas com neuropediatra, oftalmologista, otorrinolaringologista, ortopedista, cardiologista pediátrico, pediatra, pneumologista, geneticista e gastropediatra. "Para prevenir episódios de convulsões, a Sesau também assegura a distribuição de medicamentos para as crianças previamente cadastradas no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), anteriormente chamado de Farmex", disse a Secretaria.

A Sesau ressalta, no entanto, que cabe às Secretarias Municipais de Saúde garantir o transporte das crianças e de um acompanhante até um dos 18 Centros Especializados de Reabilitação (CERs), onde são realizadas as sessões de estimulação precoce, essenciais para o desenvolvimento cognitivo. Além disso, também é responsabilidade dos municípios oferecer o acompanhamento periódico por equipes multidisciplinares e-Mult, incluindo pediatras, por meio do Programa Saúde da Família (PSF), e garantir consultas especializadas sempre que necessário.
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