G1
Familiares da jovem Shakira dos Santos fizeram um protesto na última terça-feira (2) pedindo por justiça e providências, após o túmulo dela ter sido violado em Pindaré-Mirim, a cerca de 260 km de São Luís.
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Shakira, que tinha 20 anos, morreu e havia sido sepultada na última terça-feira (25). Mas, o corpo foi desenterrado e encontrado sem roupas, fora do túmulo, e com sinais de abuso sexual, no último sábado (29).
No protesto, várias pessoas pararam em frente a Defensoria Pública do município e depois foram até a Delegacia de Pindaré-Mirim, onde conversaram com o delegado Carlos Magno. Ele disse que muitas situações dificultam as investigações e reclamou da fake news que estão circulando na cidade.
"As vítimas dessa situação são a família, que estão sofrendo tanto pela situação que já ocorreu, quanto pelos ataques que estão acontecendo pela veiculação das fotos, das fake news que estão acontecendo e apontamento de vários suspeitos que, na verdade, muitos nem existem, que a polícia não tem sequer conhecimento", afirmou o delegado.
Uma das dificuldades da polícia está na própria falta de segurança no Cemitério Municipal de Pindaré-Mirim. No dia do fato não havia nenhum vigia ou segurança que pudesse dar alguma referência de pessoas que transitavam pelo local. O cemitério também possui muros baixos, o portão é aberto e a vigilância acontece apenas durante o dia.
Por enquanto, a polícia está ouvindo pessoas próximas de Shakira e tentando obter imagens de câmeras de segurança na região, mas são poucos os locais com videomonitoramento na cidade.
Para ajudar nas investigações, a polícia está disponibilizando o disque-denúncia (181) e um número de WhatsApp (98 99224-8660) para quem puder passar alguma informação sobre o crime. A fonte será mantida em sigilo.
Segundo a Polícia Civil, o que se sabe até o momento é que foram constatados indícios de necrofilia, que é o uso do cadáver com a finalidade sexual. O corpo de Shakira dos Santos foi levado para ser periciado no Instituto Médico Legal (IML), em São Luís, e o resultado do laudo ainda está sendo aguardado.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, não há suspeita de quem pode ter praticado o crime. A pena prevista para o crime é de um a três anos de prisão e mais o pagamento de multa.
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