Theo Chaves
Familiares do empresário Fabio Campagnola, que foi morto a tiros na tarde da última terça-feira, 3, em frente a uma sorveteria da qual era dono, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, devem se reunir nos próximos dias com o Consulado Italiano no Brasil para cobrar justiça. A informação foi confirmada à TV Pajuçara, nessa segunda-feira (09), pelos irmãos de Fábio, que desembarcaram em Alagoas nesse final de semana para acompanhar as investigações.
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Um dos advogados da família Campagnola, o também italiano Claúdio Falleti, disse, em vídeo encaminhado à reportagem da TV Pajuçara, que o empresário foi executado a "sangue frio" e que o caso não se trata de legítima defesa. Claúdio Falleti, que acompanha o caso da Itália, ainda relatou que o suspeito, o policial da reserva José Pereira da Costa, é extremamente perigoso e não pode ficar em liberdade". Veja, abaixo, o relato do advogado.
"Meu nome é Claúdio Falleti sou advogado italiano da família Campanholla. Quero muito contribuir com esse caso, mesmo estando na Itália. Quero deixar claro que a morte de Fábio não é uma simples legítima defesa, mas um verdadeiro homicídio, uma execução a sangue frio. É um absurdo que com imagens bem claras, fornecidas pelas câmeras de segurança, se fale em legítima defesa. Nós vamos lutar para receber justiça, e achamos indispensável que o responsável por esse homicídio seja preso, que não seja solto para a segurança dos familiares. Além disso, o autor é uma pessoa extremamente perigosa", explicou Falleti.
Justiça mantém prisão de PM - Em audiência de custódia, realizada nesse sábado, 7, o Poder Judiciário entendeu que o policial da reserva José Pereira da Costa, suspeito de cometer o assassinato, deve permanecer recluso. Ele se encontra no presídio da Polícia Militar, em Maceió.
O subtenente Pereira, como é conhecido, se apresentou à Polícia Militar na última quinta-feira, 5, acompanhado do advogado de defesa, e depois esteve no Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp), na cidade onde ocorreu o fato. Ele foi ouvido pela delegada responsável pelo inquérito, Liana Franca, e posteriormente foi encaminhado para o no presídio militar. Ele está sendo acusado pelo crime de homicídio qualificado. A companheira do acusado, Karla Kassiana Vanderlei Warumby Cavalcanti, teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva na quarta-feira (4). Ela foi encaminhada ao presídio feminino Santa Luzia.
O caso - O assassinato em plena luz do dia de Fabio Campagnola, na Praia do Francês, mobilizou equipes da Polícia Civil e também da PM no dia 3 de janeiro de 2023. Câmeras de segurança registraram o momento dos disparos e da briga entre Campagnola e o policial militar da reserva na frente do estabelecimento comercial, do qual a vítima era dona. E o motivo da discussão foi banal: a companheira do militar queria colocar um carrinho de churros em frente à sorveteria da vítima.
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