Deborah Freire
A família de Abinael Ramos Saldanha, assassinado em junho de 2016, pretende acompanhar hoje o julgamento de um recurso impetrado pelo autor do crime, Ericksen Dowell da Silva Mendonça, para não ser levado a júri popular.
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O recurso entrou na pauta de julgamentos desta quarta (30) do Tribunal de Justiça após análise do relator, desembargador José Carlos Malta Marques.
Para a família de Abinael, o crime foi cometido com grande violência e deve ir a júri popular, onde a pena do réu é decidida pelos jurados. Mas para garantir que os desembargadores neguem o recurso, familiares irão se reunir na sede do TJ, no Centro, em uma manifestação e irão pedir apoio da população para o caso.
“Soubemos dessa notícia ontem à noite e convidamos a família para vir, vestindo a camisa com a foto dele. Sabemos que há um interesse muito grande da população que esse caso vá a júri, e eu acredito que o recurso não será aceito”, declara, confiante, Fátima Conceição, amiga da família.
O crime
Abinael Ramos Saldanha foi sequestrado e morto no dia 15 de junho, a mando de Ericksen Dowell, seu amigo e colega de trabalho. As investigações da polícia apontaram que Ericksen tinha interesse em ocupar o cargo de Abinael e estava correndo o risco de ser denunciado por um desvio de R$ 12 mil na empresa em que trabalhavam.
Ericksen, ainda conforme as investigações, contratou Jalves Ferreira, que contratou Deivisson Bulhões da Rosa Santos e Jonathan Barbosa de Oliveira para executar o crime. Abinael foi levado do bairro de Santa Lúcia até uma mata em Rio Largo, onde foi morto com um tiro. Seu carro foi carbonizado.
Depois de uma grande campanha da família e amigos para localizá-lo, Abinael foi encontrado, já sem vida, no dia 22 de junho.
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