Faltou malandragem à seleção brasileira, diz Ronaldo Fenômeno

Publicado em 12/12/2022, às 10h17
Ronaldo Fenômeno estava no Qatar e acompanhou de perto a derrota da seleção brasileira | Foto: Reprodução -

Victoria Damasceno e Alex Balbino / Folhapress

O pentacampeão Ronaldo Fenômeno, que acompanhou de perto a derrota da seleção brasileira contra a Croácia na última sexta-feira (9), diz que faltou "maladragem" à equipe enquanto estava em campo. A fala ocorreu durante entrevista coletiva no hotel Raffs Doha, onde está hospedado.

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De acordo com o jogador aposentado, os atletas deveriam ter "segurado o jogo", quando o Brasil abriu o placar com um gol de Neymar. "Eu acho que faltou aqurla malandragem que é nossa característica também", diz. "De alguma maneira a seleção tinha que ter essa malandragem mais de segurar a bola, talvez não arriscar tanto na frente e fazer com que [mais] nada acontecesse naquele jogo", completou Ronaldo.

O time foi eliminado na disputa de pênaltis nas quartas de final no estádio Cidade da Educação. O Brasil sofreu gol de empate a três minutos do final da prorrogação ao levar um contra-ataque em que mais da metade da equipe não estava na defesa.

O próprio Neymar foi flagrado reclamando da postura da seleção em um.momento em que bastava administrar o resultado. O gol de Petkovic foi o primeiro sofrido pela seleção brasileira em tempo suplementar de Copa do Mundo.

Nas quartas de final no Qatar foi a segunda vez que o Brasil perdeu uma disputa de pênaltis de Mundial. Antes disso, havia sido derrotado pela França na mesma fase em 1986. Contra Chile (oitavas de 2014), Holanda (semi de 1998) e Itália (final de 1994) a seleção ganhou.

Após a derrota, Tite confirmou a saída da seleção brasileira. O técnico já havia apontado que aquela seria sua última disputa ao lado da equipe verde e amarela. "Derrota dolorida, porém em paz comigo mesmo. Fim de ciclo", disse.

Ronaldo também pontuou que a melhor saída para a seleção brasileira é um técnico estrangeiro. A CBF não tem como tradição de colocar técnicos que não são nascidos no país para liderar a equipe. "Eu adoraria que fosse um estrangeiro, quebrar esse tabu de que um estrangeiro não teria nada a acrescentar na seleção brasileira", disse momentos antes de iniciar a coletiva.

Ele lembrou que nas últimas Copas do Mundo a equipe verde e amarela vem perdendo para times europeus e, por isso, considera a ideia de ter um técnico nascido no continente uma "boa sacada". "Tem grandes nomes no mercado. Acho que [Carlo Ancelotti] seria incrível, Mourinho seria espetacular, Pepe Guardiola é impossível porque ele acabou de renovar. Mas eu vou ficar na expectativa", apontou. Ele também pontuou que o atual técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, também seria uma boa alternativa.

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