Falso policial, 'João da Deic' é preso após forjar operação em Maceió

Publicado em 31/07/2019, às 12h03
-

Erik Maia / Deborah Freire

Policiais e falsos agentes da Segurança Pública, que simularam uma operação de combate ao comércio ilegal de mercadorias, na Feira do Rato, bairro da Levada em Maceió, no dia 25, foram presos na tarde dessa terça-feira (30), após terem a farsa descoberta.

LEIA TAMBÉM

Entre eles, um já era conhecido como "João da Deic", por se passar por agente da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) da Polícia Civil (PC), mesmo sem ser policial. Trata-se de João Batista Moura, de 39 anos, detido em Campo Alegre, no Agreste de Alagoas, quando tentava fugir na noite de ontem (30).

De acordo com o delegado Thiado Prado, que revelou detalhes da prisão em entrevista coletiva nesta quarta, ele possuía uma camisa da PC.

Além dele, foram presos a agente da PC Laryssa Manuela Magalhães da Silva, de 32 anos, ex-policial militar, profissão em que atuou por 11 anos; o PM Carlos Alberto Tenório Cavalcante Filho, o "Vaqueirinho", de 38 anos, detido quando saía do local de trabalho, na Turma Recursal do Juizado Especial do TJ-AL, localizado na Rodoviária de Maceió; e Igor Felipe Silva dos Santos, 30 anos.

O grupo possuía capa de colete, colete à prova de balas, dois carros usados para a prática criminosa, e giroflex, que foram apreendidos.

Comerciantes pagaram cerca de R$ 10 mil para "evitar" prisão

Segundo detalhou o delegado, a Deic foi acionada na quinta-feira (25) para apurar a conduta de quatro pessoas que teriam realizado uma falsa operação na Feira do Rato, para extorquir comerciantes.

Eles teriam alegado que as mercadorias eram ilícitas e além de forjar a apreensão de produtos, cobraram valores altos para não levar os comerciantes para a delegacia. "Foram subtraídos aparelhos telefônicos, eletrônicos e dinheiro. Um comerciante pagou R$ 3 mil", revelou Prado. No total, o grupo levou aproximadamente R$ 10 mil nessa ação.

A Deic ainda não tem informações sobre outras falsas operações que possam ter sido realizadas pelos presos, mas pede que a população denuncie pelo telefone 181. O grupo deve ser indiciado por concussão (obtenção de vantagem indevida) e organização criminosa, e pode pegar pena de até 16 anos de prisão.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

'Tarado de Piaçabuçu' é preso após ser condenado por estupro; lista de crimes é extensa Acusado de tráfico de drogas, ameaça e invasão de residência é preso em Paulo Jacinto PM apreende armas e drogas durante ocorrências no Agreste e Sertão de Alagoas Cartas de facção têm ordens de pagamentos, cobranças e alerta para membros em AL; veja