TNH1
Uma expedição que deixou em julho a cidade de Parnamirim, no interior do Rio Grande do Norte, para realizar entrega de donativos e fazer uma ação solidária ao povo do Rio Grande do Sul, devido às enchentes de abril e maio, só está retornando para casa em novembro. E no meio do caminho, uma pausa para o conserto do ônibus 1991 no bairro do Clima Bom, em Maceió. Conheça abaixo a saga do casal Leandro Palharini e Maria das Neves Palharini, do amigo José Ribeiro de Araújo e da instituição Ação Integrar.
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Em contato com o TNH1, Leandro afirmou, na tarde desta sexta-feira, 1º, que a sua equipe está na estrada desde o dia 24 de julho, quando ele, que é gaúcho, partiu de ônibus em direção ao Sul do país para ajudar os conterrâneos.
O 'Nordestchê' conseguiu distribuir cerca de 200 litros de água, uma tonelada de alimentos, além de sacolas de roupas para pessoas necessitadas em São Leopoldo, terra natal de Leandro, e Porto Alegre.
A viagem, que percorreu mais de 4 mil km e atravessou 11 estados, sofreu percalços durante o trajeto, principalmente na volta, quando o coletivo quebrou dia 30 de agosto.
"Em um primeiro momento, fomos atender nossa missão como instituição e pessoa. Pessoas necessitadas do meu estado, sou gaúcho. No caminho, sofremos esse dano no motor, que custaria muito. Mas com a ajuda de alguns parceiros, conseguimos resolver. Tudo isso foi com 'anjos da estrada'. Tivemos o sentimento de ser abraçados. Atendemos os necessitados do RS e, no caminho, acabamos nos tornando, assumindo o papel de necessitados. É importante registrar e dar valor ao pessoal que nos acolheu", contou.
O ônibus tinha saído do Rio Grande do Sul no dia 20 de agosto. Após dez dias, na cidade de Entre Rios, na Bahia, apresentou pane. Desde então, Leandro e a equipe têm recebido ajuda de voluntários na estrada. Depois de tantos dias rodando pelas rodovias do país, a parada na capital alagoana é estratégica para retornar a Parnamirim.
"Voltar para casa é uma questão bem empática, além dos compromissos que tivemos de repassar lá com nossa equipe, temos a chegada de uma neta que não conseguimos acompanhar. A própria eleição também não deu para estarmos juntos. O sentimento de ter sido abraçado e ver o coração das pessoas aqui... Um pouco da ansiedade de voltar para casa, faltam 510 km. Estamos aqui na resiliência, na resistência e na fé de que Deus está no controle de tudo", comentou o voluntário.
Para cumprir os mais de 500km até o Rio Grande do Norte, a equipe do 'Nordestchê' disponibiliza uma chave Pix para receber contribuições no complemento da volta para casa na chave: acaointegrar@gmail.com
O desastre no Rio Grande do Sul matou 179 pessoas, afetou outras 2,3 milhões, deixando mais de 800 feridos, 34 desaparecidos e milhares desabrigados.
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