Eberth Lins com TV Pajuçara
Uma mulher, que não quis se identificar com medo de retaliações, revelou ter sido espancada diversas vezes e mantida em cárcere privado em um sítio, enquanto se relacionou com o sargento reformado da Polícia Militar de Alagoas, Roberto Kennedy de Oliveira Lima, de 51 anos. O ex-PM está foragido suspeito de violência doméstica e cárcere privado contra outra mulher.
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Em entrevista exclusiva à TV Pajuçara, a ex-companheira do sargento reformado contou que precisou ser internada algumas vezes no Hospital Geral do Estado (HGE) devido às agressões físicas sofridas no casamento.
"Quando fez um ano de relacionamento a coisa foi mudando. Todos os dias a gente brigava. Ele dizia que eu não prestava, que minhas filhas não prestavam. Ele batia em mim como se batesse em um homem. Ele bateu uma vez com facão, outras vezes com cinto, outras vezes com murro, chute, pontapé... cassetete, já fui parar no HGE várias vezes", relembrou.
Em 2017, a mulher disse que pulou do segundo andar de um prédio para tentar fugir das agressões, sem sucesso. "Fui para o HGE e ele perguntava 'meu amor, porque você fez isso?' Ele chorava, eu até acreditava no choro dele", lembra arrependida, acrescentando que depois da alta médica foi levada para um sítio, onde foi mantida em cárcere privado por oito meses.
Roberto Kennedy chegou a ser preso na semana passada, mas teria se aproveitado de um descuido dos policiais durante a lavratura da prisão para fugir da Central de Flagrantes.
De acordo com o delegado Fábio Costa essa não é a primeira vez que Kennedy é acusado de "covardes agressões". "Foi preso este mês depois de que a quarta esposa pediu socorro por um bilhete. Ela foi proibida de sair de casa sem o sargento e sequer podia manter contato com familiares", relatou o delegado.
Assista, abaixo, o relato da mulher, que conversou com exclusividade com a TV Pajuçara/ Record TV:
Quem tiver informações que possam ajudar a localizar o suspeito pode entrar em contato com a Polícia Civil por meio do Disque Denúncia, no 181. O sigilo é assegurado pelas autoridades.
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