Ex-deputado federal Talvane Albuquerque recebe alvará de soltura e deixa o sistema prisional

Publicado em 25/10/2021, às 16h54
Talvane Albuquerque foi condenado por encomendar a morte de deputada federal | Reprodução -

Da Redação

O ex-deputado federal Talvane Albuquerque recebeu alvará de soltura nesta segunda-feira (25). A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), que gere o sistema prisional alagoano. Também médico, Talvane foi condenado, em 2012, a quase 100 anos de prisão por ter mandado assassinar a então deputada federal Ceci Cunha, em 1998, em Maceió. Ele era o primeiro suplente da parlamentar.

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“Por questões de segurança”, a Seris não informou a unidade em que Talvane cumpria pena, nem o atual regime do reeducando. Informação extraoficial dá conta de que Talvane, que cumpria pena no Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, progrediu para o regime semiaberto também em razão dos serviços prestados, enquanto médico, a colegas reeducandos, o que lhe proporcionou remição da pena por meio do trabalho.

Por meio de nota, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) informou que o ex-deputado federal será fiscalizado por meio de monitoramento eletrônico, com raio de abrangência zero. O réu deve comparecer, mensalmente, perante a Justiça, para informar e justificar suas atividades. 

"Se o reeducando quiser trabalhar deverá solicitar autorização à Justiça. O réu está proibido de frequentar bares, boates, botequins, prostíbulos ou casas de reputação duvidosa, não pode praticar nenhum crime doloso, nem se ausentar da cidade sem prévia autorização da Justiça. Ele também foi proibido de frequentar as dependências de quaisquer unidades do sistema prisional deste Estado, salvo com autorização judicial, e não poderá mudar de endereço, sem prévia comunicação. A audiência admonitória foi designada para o dia 22 de novembro deste ano, às 9h45, na 16ª Vara Criminal da Capital, ficando o reeducando intimado a comparecer sob pena de regressão de regime prisional para o fechado".

O atentado

No atentado a tiros, além da deputada, faleceram mais 3 pessoas da família de Ceci: o marido, Juvenal Cunha da Silva, o cunhado Iran Carlos Maranhão Pureza, e a mãe de Iran, Ítala Neyde Maranhão. 

Todos morreram na casa de Iran, no bairro Gruta de Lourdes, onde as vítimas preparavam uma comemoração pela vitória de Ceci, que seria diplomada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) naquele mesmo dia 16 de novembro. 

Talvane ainda chegou a tomar posse na Câmara, em 1999, mas foi cassado no dia 8 de abril, por quebra de decoro. 

Além de Talvane, outras quatro pessoas, apontadas como executoras do crime, também foram condenadas: Jadielson Barbosa da Silva e José Alexandre dos Santos (105 anos); Alécio César Alves Vasco (86 anos e cinco meses); e Mendonça da Silva (75 anos e sete meses). 

Um dos filhos da deputada Ceci Cunha, o ex-deputado estadual Rodrigo Cunha, é, atualmente, senador pelo PSDB-AL. 

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