Estudo mostra que destruir um asteroide é muito mais difícil do que os cientistas pensavam

Publicado em 07/03/2019, às 21h39
Asteroide | Reprodução -

Olhar Digital

Atingir um asteroide no céu para evitar que ele colida com a Terra funciona perfeitamente nas grandes telas do cinema - Armageddon e Impacto Profundo estão aí para provar. Já na realidade, os cientistas descobriram que é muito mais difícil do que eles imaginavam.

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Um estudo do cientista Charles El Mir mostra que um dos principais problemas está em não conseguir estudar de perto um asteroide. Ou seja, é difícil saber como explodi-lo e qual efeito uma tentativa de destruição teria. "É melhor quebrá-lo em pequenos pedaços ou cutucá-lo para ir em uma direção diferente? E se for o último, com quanta força devemos acertá-lo para o mover sem causar ruptura?", questiona o especialista. 

Para tentar responder as perguntas com sua equipe na Universidade John Hopkins, El Mir se baseia em simulações computacionais. A animação que pode ser vista abaixo mostra uma recapitulação digital de um pequeno asteroide, cerca de 1km de largura, colidindo com um grande asteroide, aproximadamente 25 vezes maior a 5km/s. E com esse vídeo, eles descobriram que a pedra consegue se reconstruir devido a força da gravidade. 

Apesar de ter sido dividido em milhões de pedacinhos, o núcleo dele tem grande força gravitacional que atrai as pequenas partes de volta em um processo que dura muitas horas. 

El Mir constatou que as crenças científicas de que um objeto grande quebraria mais facilmente por que estava mais propenso a falhas estavam incorretas. "Nossas descobertas, no entanto, mostram que os asteróides são mais fortes do que costumávamos pensar e exigem mais energia para serem completamente destruídos", ressaltou. 

Portanto o que se deve fazer quando um asteroide estiver em rota de colisão com a Terra? Apenas um entedimento mais profundo sobre esse objeto, suas forças e efeitos pode responder a dúvida. No entanto, a NASA está, atualmente, com uma missão de redirecionar a rota de um asteróide que pode colidir com nosso planeta. Nela, a agência enviará uma nave espacial kamikaze para a pequena lua de um asteróide conhecido como Didymos, entrando na rocha para explodi-la e desviá-la. Basta esperar para saber se a missão terá sucesso.

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