Estudante denuncia suposta agressão de professor em escola no Tabuleiro do Martins

A mãe de uma estudante de 13 anos registrou, nessa terça-feira, 13, boletim de ocorrência por suposta agressão feita por um professor da Escola Estadual Professor Margarez Maria Santos Lacet, no Tabuleiro dos Martins, parte alta de Maceió. A situação aconteceu no período da tarde de ontem e a mãe da aluna foi avisada por uma amiga da adolescente. "Ontem cheguei em casa do trabalho e de repente recebi ligação da amiga da minha filha, que estuda na mesma sala, pedindo pra eu olhar o Whatsapp rapidamente. Quando olhei, vi a foto do braço da minha filha todo vermelho e arranhado. Perguntei o que foi isso, ela disse que foi o professor. Fui na escola e mandei chamar a diretora. A direção em nenhum momento me ligou. Eu disse o que aconteceu, pedi para ela chamar o professor, a diretora disse que não podia chamar e falou para acionar o Conselho Tutelar ou a polícia para registrar boletim de ocorrência", contou a mãe da menina, Tatiane Correia, ao TNH1. A Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) informou que está acompanhando o caso e já adotou os procedimentos administrativos relativos à denúncia (Leia nota abaixo).

Segundo relato da adolescente, a agressão teria ocorrido após ela entrar na sala de aula atrasada depois do sinal e sem pedir permissão ao professor. "Ela disse que estava no refeitório, já havia tocado o sinal, passado uns minutos da aula, entrou na sala sem falar com o professor e foi direto em uma colega que estava sentada. Ele a puxou pelo braço, apertou o braço do jeito que ficou arranhado, vermelho e a retirou da sala. Ela ainda voltou e disse: 'Qual é o direito e a liberdade que eu lhe dei de você fazer isso comigo?'. A partir daí, ela e os alunos foram se queixar com a direção", afirmou Tatiane.

A mãe e a estudante registraram boletim de ocorrência na Central de Flagrantes, que designou o caso para a Delegacia Especial dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes da Capital. A aluna fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal ainda na noite dessa terça-feira. O Conselho Tutelar encaminhou hoje a família até a Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc), responsável pela escola, que agendou uma reunião para a semana que vem. 

"Isso é uma coisa que deveria ter sido resolvido hoje, não deixado para amanhã. É uma coisa da escola, minha filha está dentro da escola. A responsável pela minha filha, quando ela está na escola, é a direção e o Estado. Estou no meu direito de expressão. Se ele fez a primeira, a segunda vez e ninguém falou, eu, como mãe, vou falar, porque não pode acontecer um negócio desse. Eu não quero mais a minha filha dentro de uma sala de aula com uma pessoa que agrediu ela", desabafou Tatiane, que teria ouvido de outros estudantes que essa não teria sido a primeira desavença com o professor citado.

Protesto - No final da manhã desta quarta-feira, 14, alguns alunos e a mãe da estudante estiveram na porta da escola para cobrar providências e se manifestarem contra a denúncia de agressão. 

Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) informou que está acompanhando o caso e que os procedimentos administrativos relativos à denúncia já estão sendo realizados desde essa terça-feira, 13, incluindo o acolhimento da aluna e de seus responsáveis por parte da gestão escolar. Leia a nota na íntegra.

NOTA

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que, desde o ocorrido, ainda na tarde da última terça-feira (13), acompanha o caso que envolve a suspeita de agressão de um professor da Escola Estadual Margarez Maria Santos Lacet, em Maceió, a uma aluna da unidade de ensino. 

A Seduc esclarece que a informação sobre uma reunião marcada para a próxima semana não procede. Os procedimentos administrativos relativos à denúncia já estão sendo realizados desde ontem, incluindo o acolhimento da aluna e de seus responsáveis por parte da gestão escolar. 

A gestão da unidade, acompanhada da 13º Gerência Regional de Educação (Gere), ainda ontem, reuniu o Conselho Escolar, os responsáveis da aluna e orientou a família sobre os procedimentos que estão sendo adotados junto à Seduc. A gestão escolar abriu processo administrativo interno e afastou o professor temporariamente.