Revista Galileu
Pesquisadores de diferentes instituições dos Estados Unidos e da Austrália descobriram novas criaturas marinhas que habitam as águas da Antártida. Uma delas virou notícia pela aparência inusitada, com 20 braços e cores que podem variar do arroxeado ao vermelho escuro.
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O objetivo dos pesquisadores era estudar o gênero Promachocrinus, que inclui espécies típicas das águas antárticas. Esses seres estão relacionados aos equinodermos, que incluem pepinos e estrelas-do-mar, mas ainda pouco se sabe sobre eles.
Até agora, acreditava-se que havia apenas uma espécie de Promachocrinus, a Promachocrinus kerguelensis. Para investigar esses seres, a equipe analisou o DNA e o formato corporal das criaturas. Isso permitiu caracterizar corretamente mais espécies do gênero: no total, foram sete.
Segundo os autores relatam no resumo do artigo — publicado em julho na revista Invertebrate Systematics —, quase todas as espécies sequenciadas vivem próximas à Antártida. As exceções são P. wattsorum, que é restrita às Ilhas do Príncipe Eduardo, no Oceano Índico subantártico; e P. vanhoeffenianus, conhecida apenas no Mar de Davis.
A mais curiosa delas é Promachocrinus fragarius, apelidada de “estrela antártica de penas de morango”, devido a sua coloração avermelhada. Acredita-se que ela viva entre 65 e 1,1 mil metros de profundidade.
Para os pesquisadores, os achados demonstram quanto a ciência ainda precisa entender sobre a vida marinha. “A vasta natureza do ecossistema da Antártida e do Oceano Antártico exige amostragem em larga escala para entender toda a extensão da biodiversidade”, resumem.
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