Estado tem mais de 400 pessoas na fila de espera por um transplante

Publicado em 05/09/2017, às 10h49

Redação

Mais de 75 transplantes foram realizados em Alagoas de janeiro a julho de 2017. De acordo com os dados da Central de Transplantes de Alagoas, 65 pacientes receberam novas córneas, enquanto 10 realizaram transplantes de rim e dois de coração. Realizada em todo o país com a meta de reduzir o tempo de espera por um órgão, a campanha “Setembro Verde” reforça a importância da doação como forma de salvar vidas.

LEIA TAMBÉM

Em Alagoas, atualmente 259 pessoas estão na fila de espera para receber um rim, e outras 147 aguardam por uma córnea. Segundo a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, a doação de órgãos só poderá ocorrer se houver autorização da família. Daí a importância do potencial doador, ainda em vida, manifestar esse interesse entre os mais próximos de sua convivência e esclarecê-los sobre o desejo de se tornar doador após a morte.

“Para se tornar um doador de órgãos, basta avisar à família, elemento que tem se tornado o principal motivo para a não doação. Mas, além da falta de comunicação do potencial doador à família, ainda há a desinformação sobre o tema e os tabus relacionados a motivos religiosos”, disse.

De acordo com ela, em Alagoas já são realizados os transplantes de rim, coração e córnea. Eles ocorrem na Santa Casa de Misericórdia de Maceió e nos Hospitais Arthur Ramos, do Açúcar e Chama, em Arapiraca.

Seja um doador

A morte encefálica, mais conhecida como morte cerebral, representa a perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como a ausência da consciência e da capacidade de respirar; o que significa que o indivíduo está morto. O coração permanece batendo por pouco tempo e, é neste período, que os órgãos podem ser utilizados para transplante.

Quando o doador é uma pessoa falecida, podem ser retirados para transplante duas córneas, dois rins, dois pulmões, fígado, coração, pâncreas, intestino, pele, osso e tendões. Ou seja, um único doador pode salvar muitas vidas.

 Doador em vida

Também é possível ser doador em vida, sem comprometer a saúde. Nesses casos, é possível doar tecidos, rim e medula óssea. Ocasionalmente, também é possível doar parte do fígado ou do pulmão.

Daniela Ramos explicou, ainda, que a família do doador não tem despesa alguma com o procedimento da doação, que é custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No País, 89% dos transplantes de órgãos são realizados pelo SUS, segundo dados do Ministério da Saúde. Os órgãos do potencial doador serão transplantados nos pacientes inscritos na lista única, de acordo com a compatibilidade entre o doador e a pessoa que precisa do órgão.

A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas frisou que, além de salvar pessoas, prolongando, em muito, a expectativa de vida, a doação pode melhorar a qualidade de vida de quem precisa de um transplante, permitindo que esses pacientes possam retomar as atividades normais.

“Aquela pessoa que recebe uma córnea vai voltar a enxergar. Quem deixar de fazer diálise vai poder voltar a trabalhar, viajar, em vez de ficar quatro horas por dia preso a uma máquina. Aquele que precisa de um coração, de um pulmão, e hoje não consegue subir uma escada, tomar banho, amarrar o sapato, voltará a respirar e sobreviver com o novo órgão. Isso diminui o sofrimento que muitas pessoas têm e as ajuda a superar limitações. A doação é um ato humanitário, que pode beneficiar qualquer pessoa, sem distinção de sexo, credo ou raça”, salienta.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

MPF questiona Meta sobre mudanças nas regras do Facebook e Instagram Sessenta e seis bets têm funcionamento liberado no Brasil; confira lista Finanças, horóscopo, boas energias e mais dicas para 2025 Pets na ceia de Natal? Cuidados alimentares com cães e gatos nas festas