Especialistas listam principais cuidados com as crianças durante o Carnaval

Publicado em 08/02/2024, às 12h37
Foto: Freepik -

Assessoria

O Carnaval está próximo e sendo uma das festas mais democráticas do mundo agrada para além dos adultos. A criançada aguarda a data para desfilar suas fantasias e se divertir com muita música e brincadeiras. Para quem pretende levar os pequenos para brincar o Carnaval, é importante ficar atento aos cuidados que começam com a alimentação, a hidratação e o cuidado com o sol; passando pelo tipo de roupa e a preocupação com o som alto. 

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A segurança de crianças e adolescentes nestes momentos também é uma questão: locais de grande aglomeração podem se tornar o cenário propício para o desaparecimento e sequestro de crianças, além de oferecerem chance para potenciais abusadores agirem, aproveitando um pequeno descuido de pais, mães e responsáveis pelos pequenos. Orientar crianças e adolescente a não interagirem ou aceitarem comida e bebida de estranhos é uma boa dica de como protegê-los nestes locais. A advogada Izabelle Patitucci, professora do curso de Direito da Estácio, acrescenta alguns pontos importantes a respeito da segurança e da preservação dos direitos das crianças durante o Carnaval. “Ao sair com uma criança para um bloco infantil de Carnaval, ou qualquer lugar que seja muito aglomerado, coloque nela uma pulseira de identificação, com descrição do nome do responsável, número de telefone para contato e a cidade onde está esse responsável”.

A mestra em Direito Constitucional explica o que fazer ao se presenciar uma situação contra os direitos da criança e do adolescente. “Em uma situação suspeita de abuso ou trabalho infantil, deve-se entrar em contato com o Disque 100, um número nacional que recebe todo tipo de denúncia relacionada à violação de direitos humanos; mas ao presenciar uma situação iminente, que está ao ponto de acontecer, ou mesmo um flagrante de uma criança sendo agredida ou abusada naquele momento, basta ligar para o 190 solicitando a presença da Polícia”, explica a professora.

Além da segurança, outro ponto importante é respeitar a faixa etária das crianças durante a festa. E a pedagoga Carollini Graciani é categórica: nunca leve uma criança para um bloco de Carnaval destinado a adultos.

“A família precisa se organizar para o Carnaval e separar momentos para os adultos curtirem do seu jeito e as crianças também. Um bloco de Carnaval de adultos não é um ambiente para crianças por conta de bebida alcoólica, da linguagem, do tipo de música. Portanto, procure blocos infantis na sua cidade: os shoppings normalmente oferecem esse ambiente para os pequenos no Carnaval, com bloquinho, pintura e desfiles de fantasias”.

A docente do curso de Pedagogia da Estácio cita a festa também como um momento para interação entre toda a família, que pode construir junta uma fantasia para a criança com materiais que tenha em casa; além de um momento de vivência sobre a importância do Carnaval para a cultura do Brasil; e de educação sobre sustentabilidade, incentivando, por exemplo, que as crianças façam confetes furando folhas secas de plantas com furadores para papel.

“Outro ponto importante é o som alto da música nos blocos, isso pode causar irritabilidade nas crianças e agredir aos ouvidos mais sensíveis, então prefira sempre ficar mais distante das caixas de som. Com essas dicas, é só deixar a criançada curtir, brincar e dançar livremente do jeitinho delas, sempre tomando cuidado também com as fantasias adequadas para as crianças, para não sexualizá-las sem necessidade”, indica a professora da Estácio.

Saúde da criança no Carnaval

A nutricionista Marcella Tamiozzo alerta que o Carnaval com os pequenos sempre exige cuidados especiais, principalmente por ser numa época bem quente no Brasil. Para manter a energia das crianças de forma saudável, a profissional apresenta algumas dicas.

“Leve uma bolsa térmica com frutas picadas, como melancia, melão, pêra, morango e uva, pois elas contêm bastante água e sais minerais; pode misturar um pouco de granola para ficar ainda mais gostoso e rico em carboidratos, que fornecem energia. Leve também água gelada, suco de fruta e água de côco para reforçar ainda mais a hidratação. Caso prefira comprar na rua, se atente à procedência dos alimentos e evite comprar aqueles duvidosos. E evite saladas cruas na rua, pois é mais incidente à contaminação de alimentos mal higienizados. Evite também os fritos e gordurosos, pois são mais indigestos. Algumas boas opções são milho cozido, bolachinhas integrais e barrinha de cereais (aquelas sem chocolate), que são fontes de carboidratos e fibras”, destaca.

A professora de curso de Nutrição da Estácio diz ainda que além da alimentação adequada, é preciso se atentar às vestimentas, que se forem muito quentes podem facilitar a desidratação da criança. “Sendo assim, utilize nos pequenos roupas leves que favoreçam a transpiração e não os deixe expostos muito tempo ao sol. Sempre utilize o protetor solar, e procure mantê-los na sombra, onde é mais fresco”, finaliza.

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