Redação
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A reportagem do TNH1 buscou especialistas para esclarecer se foi correta a atitude do pai de um dos alunos de uma escola no bairro do Antares, parte alta de Maceió, ao ser vítima de um assalto na manhã desta segunda-feira (13), após ter deixado o filho na escola.
Nas imagens é possível ver três assaltantes se aproximando, provavelmente, já anunciando voz de assalto para a vítima. Ao que parece, o motorista percebe a ação dos criminosos e tenta fugir com o carro, até que um deles dispara diversas vezes contra o veículo da vítima. Logo após os disparos, o condutor abandona o carro e sai com as mãos ao alto.
O agente de trânsito e ex conciliado do Juizado de Trânsito de Alagoas, Raniel Oliveira, disse que a atitude do condutor foi errada.
“O motorista, assim que entrou no carro, avistou os assaltantes e, mesmo assim, ele deu partida. O certo é não reagir em hipótese alguma. Era melhor ele ter se fingido de morto, porque pelo o que as imagens mostram, os bandidos após dispararem contra, não iam voltar”.
O psicólogo de terapia cognitiva comportamental, Plínio Silva, também concorda que o certo é não reagir, mas explicou os motivos que poderiam ter levado o condutor a se comportar de tal maneira.
“Cada ser humano reage de acordo com o momento vivido. A recomendação é de não reagir, mas há uma necessidade da vítima se livrar logo da situação. E esse querer de se ver livre pode vir com diversas reações, como a luta corporal, tentativa de fuga ou paralisia”.
O profissional explicou também que dependendo da vítima pode ser criado um Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT), onde os sintomas se caracterizam pelo medo de dirigir e de ficar muito tempo no trânsito, ou pelo receio de passar pelo mesmo local que aconteceu o ato.
“Nesses casos é preciso que haja um acompanhamento médico com psicólogo para que seja realizada uma terapia cognitiva comportamental, dependendo do diagnóstico”.
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