Empresa tem 15 dias para prestar explicações sobre morte de trabalhador na Ponte Divaldo Suruagy

Publicado em 20/09/2024, às 13h35
Arquivo Pessoal -

João Arthur Sampaio

A empresa Jatobeton Engenharia, responsável pela obra na Ponte Divaldo Suruagy, tem 15 dias, a partir desta sexta-feira (20), para prestar esclarecimentos ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas sobre o acidente, que culminou na morte do trabalhador Eraldo Rodrigues Neto, de 21 anos, cujo corpo foi encontrado no último dia 15 de agosto.

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O MPT informou que já havia enviado uma notificação para que fossem apresentadas a documentação e a manifestação sobre o acidente, em um prazo que era de cinco dias. No entanto, a Jatobeton pediu a prorrogação por mais 15 dias, que foi deferida pelo órgão ministerial. O período, agora, vai até o dia 4 de outubro.

Também foi determinado o envio de um ofício à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/AL), para que seja informado o andamento atual das investigações. A SRTE embargou a obra logo após o acidente.

Além disso, o Departamento de Estradas e Rodagens de Alagoas (DER), que também havia sido notificado a prestar esclarecimentos sobre as circunstâncias do acidente, solicitou a sua exclusão das investigações, informando que realizava suas fiscalizações de forma frequente e habitual no local de serviço, não identificando irregularidades.

O caso

Na tarde do dia 13 de agosto, Eraldo caiu enquanto trabalhava em uma reforma na ponte. Após buscas dos bombeiros, o corpo dele foi encontrado dois dias depois. Eraldo foi avistado por populares nas imediações do Trapiche da Barra e, em seguida, foi retirado pela equipe do Salvamento Aquático. A grande dificuldade para encontrar o corpo foi pela forte correnteza da Lagoa Mundaú e pela água ser turva na região.

Segundo uma testemunha, quando o acidente ocorreu, a vítima estava com o equipamento de segurança, porém em uma determinada parte da estrutura era necessário tirar o cinto para se locomover. Nesse momento, uma das tábuas cedeu e ele caiu nas águas da Lagoa Mundaú. Antes de cair o trabalhador ainda bateu em uma estrutura de cimento.

O TNH1 não conseguiu contato com a empresa, mas deixa o espaço aberto para eventuais  

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