A RMS Titanic Inc. planeja fazer a expedição aos destroços do Titanic em maio de 2024. As informações constam em um relatório apresentado pela empresa a tribunal, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (25). As informações são da AP News.

Segundo a companhia, a expedição tem o intuito de recuperar artefatos relacionados à embarcação, que estão no fundo do oceano. A empresa não especificou quantas pessoas deverão ir à visita ou se fará tudo de forma remota.

O governo dos Estados Unidos quer impedir novas viagens para recuperar itens do Titanic, inclusive essa da RMS, sob a alegação de infringir lei federal que proíbe a perturbação dos destroços do navio, além de um acordo internacional com o Reino Unido, que considera o local do naufrágio um memorial às mais de 1.500 vítimas da tragédia.

Os advogados que representam os interesses dos EUA justificaram que a empresa "não pode ignorar" a legislação do país e, por esse motivo, se opõe à expedição.

A empresa alegou que não pretende "perturbar" os destroços do Titanic, mas, sim, fotografar o naufrágio nas partes deterioradas, por onde "é possível passar um veículo remotamente sem interferir na estrutura atual".

Conforme a companhia, também é possível recuperar artefatos da sala Marconi, "se tais objetos não estiverem fixados nos destroços". A sala Marconi abriga o rádio do navio que transmitia os sinais de socorro durante o naufrágio. "Neste momento, a empresa não pretende cortar os destroços ou separar qualquer parte deles", afirmou a defesa da RMS.

TRAGÉDIA COM O TITAN - O submersível Titan, da OceanGate, submergiu na manhã de domingo, 18 de junho. Os turistas queriam ver os destroços do Titanic, localizado no Atlântico Norte.

O barco de apoio na superfície, o quebra-gelo Polar Prince, perdeu contato com ele cerca de uma hora e 45 minutos mais tarde, segundo a Guarda Costeira dos EUA.
Um piloto e quatro passageiros faziam parte da expedição. São eles: Stockton Rush, presidente da OceanGate; o bilionário Hamish Harding; Shahzada e Suleman Dawood, um empresário paquistanês e seu filho; e Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e considerado um dos maiores especialistas do naufrágio do Titanic.

O submersível foi dado como desaparecido a cerca de 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, capital da província canadense de Terra Nova e Labrador, segundo as autoridades canadenses, na área onde ocorreu o naufrágio do Titanic, em 1912.