Empresa de companhia canadense vence leilão da Casal com oferta de R$ 2 bilhões

Publicado em 30/09/2020, às 12h41
Foto: Márcio Ferreira/Agência Alagoas -

TNH1 com Valor Econômico e Agência Alagoas

A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) foi vendida nesta quarta-feira (30) por R$ 2,009 bilhões para a empresa BRK Ambiental, que deu o maior lance no leilão realizado na.bolsa de valores B3, em São Paulo.

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Com isso, a BRK passa a administrar o serviço público de fornecimento de água e esgoto  pelos próximos 35 anos da capital e das cidades de Atalaia, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte e Satuba. 

A concessão deverá universalizar o serviço de água na região metropolitana de Maceió nesses primeiros seis anos de contrato e levar o acesso à rede de esgotamento sanitário para 90% das pessoas da região até o décimo sexto ano de contrato. Hoje, apenas 27% da população dispõem deste serviço. O futuro concessionário também deverá cumprir vários indicadores de desempenho, de qualidade e eficiência na prestação dos serviços, além de reduzir as perdas de água para, no máximo, 20%. Hoje, o índice de desperdício na região é de 59% da água produzida.

A BKR é hoje a maior companhia privada de saneamento do Brasil, atuando em mais de 100 cidades de 12 estados no país.  Ela integra a Brookfield, companhia canadense que chegou ao Brasil em 1899 e administra ativos em mais de 30 países, nos cinco continentes. 

Renan Filho

O governador Renan Filho (MDB) este presente e após o leilão, concedeu entrevista coletiva, onde ressaltou a geração de emprego para futuras obras da empresa e a importância do saneamento básico. 

"Vai haver forte geração de emprego. Durante as obras que vão ser feitas vamos precisar de mais pessoas trabalhando. Com relação aos benefícios, a saúde é diretamente afetada, já que a maior causa de morte ainda são as doenças causadas pela falta de saneamento. O turismo também vai ser beneficiado quando tivermos 100% do esgotamento garantido", comemorou. 

Veja o encerramento do leilão e o pronunciamento do governador.

O leilão

A BRK, controlada pela Brookfield, terá que fazer R$ 2,6 bilhões de investimentos na estrutura, para universalizar os serviços de abastecimento de água em conquistou um contrato de 35 anos pam prazo de seis anos e os de esgotamento sanitário em 16 anos.

Em segundo lugar na concorrência, ficou o consórcio Jangada (formado por Iguá Saneamento e Sabesp), que ofereceu uma outorga de R$ 1,48 bilhão. Em terceiro, ficou o consórcio EQS, formado por Equatorial e Sonel, com proposta de R$ 1,29 bilhão. Na sequência, veio a oferta da Aegea, de R$ 1,21 bilhão.

O consórcio Águas de Pratagy fez proposta de R$ 666 milhões. Já o grupo Paraíso das Águas (formado por Avivo e Enops) ofereceu R$ 450 milhões. O lance mais baixo foi da Águas de Alagoas, de R$ 250,2 milhões.

Disputa jurídica

O leilão chegou a ser suspenso na noite dessa terça-feira, 20, por uma decisão da  desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, mas o próprio presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas,  Tutmés Airan,  emitiu nova decisão mantendo o lellão, horas antes de a licitação começar. 

A suspensão havia sido requerida pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Marechal Deodoro que cobrava a realização de consulta e audiências públicas para debater a concessão dos serviços.

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