TNH1 com Valor Econômico e Agência Alagoas
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) foi vendida nesta quarta-feira (30) por R$ 2,009 bilhões para a empresa BRK Ambiental, que deu o maior lance no leilão realizado na.bolsa de valores B3, em São Paulo.
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Com isso, a BRK passa a administrar o serviço público de fornecimento de água e esgoto pelos próximos 35 anos da capital e das cidades de Atalaia, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte e Satuba.
A concessão deverá universalizar o serviço de água na região metropolitana de Maceió nesses primeiros seis anos de contrato e levar o acesso à rede de esgotamento sanitário para 90% das pessoas da região até o décimo sexto ano de contrato. Hoje, apenas 27% da população dispõem deste serviço. O futuro concessionário também deverá cumprir vários indicadores de desempenho, de qualidade e eficiência na prestação dos serviços, além de reduzir as perdas de água para, no máximo, 20%. Hoje, o índice de desperdício na região é de 59% da água produzida.
A BKR é hoje a maior companhia privada de saneamento do Brasil, atuando em mais de 100 cidades de 12 estados no país. Ela integra a Brookfield, companhia canadense que chegou ao Brasil em 1899 e administra ativos em mais de 30 países, nos cinco continentes.
Renan Filho
O governador Renan Filho (MDB) este presente e após o leilão, concedeu entrevista coletiva, onde ressaltou a geração de emprego para futuras obras da empresa e a importância do saneamento básico.
"Vai haver forte geração de emprego. Durante as obras que vão ser feitas vamos precisar de mais pessoas trabalhando. Com relação aos benefícios, a saúde é diretamente afetada, já que a maior causa de morte ainda são as doenças causadas pela falta de saneamento. O turismo também vai ser beneficiado quando tivermos 100% do esgotamento garantido", comemorou.
Veja o encerramento do leilão e o pronunciamento do governador.
O leilão
A BRK, controlada pela Brookfield, terá que fazer R$ 2,6 bilhões de investimentos na estrutura, para universalizar os serviços de abastecimento de água em conquistou um contrato de 35 anos pam prazo de seis anos e os de esgotamento sanitário em 16 anos.
Em segundo lugar na concorrência, ficou o consórcio Jangada (formado por Iguá Saneamento e Sabesp), que ofereceu uma outorga de R$ 1,48 bilhão. Em terceiro, ficou o consórcio EQS, formado por Equatorial e Sonel, com proposta de R$ 1,29 bilhão. Na sequência, veio a oferta da Aegea, de R$ 1,21 bilhão.
O consórcio Águas de Pratagy fez proposta de R$ 666 milhões. Já o grupo Paraíso das Águas (formado por Avivo e Enops) ofereceu R$ 450 milhões. O lance mais baixo foi da Águas de Alagoas, de R$ 250,2 milhões.
Disputa jurídica
O leilão chegou a ser suspenso na noite dessa terça-feira, 20, por uma decisão da desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, mas o próprio presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Tutmés Airan, emitiu nova decisão mantendo o lellão, horas antes de a licitação começar.
A suspensão havia sido requerida pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Marechal Deodoro que cobrava a realização de consulta e audiências públicas para debater a concessão dos serviços.
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