Ascom Fecomércio
Em reunião convocada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), hoje (5/08), na sede da entidade, economistas da Projete Consultoria solicitaram a representantes da Federação das Associações de Moradores de Alagoas (Famecal), da Associação dos Empreendedores do Pinheiro, do SOS Pinheiro e do Sebrae Alagoas apoio para o trabalho de levantamento dos lucros cessantes das empresas e empreendedores do Mutange, Bebedouro e Pinheiro.
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A medida surgiu após o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJAL) solicitar o apoio da Fecomércio no cálculo destes lucros para fins indenizatórios. Em construção conjunta, a Federação e as entidades sugeriram ao Tribunal critérios para subsidiar a coleta de dados, que serão utilizados e aprimorados pela Projete, empresa contratada TJ. “A iniciativa do TJ é fundamental para que todos os comerciantes afetados pelo problema tenham a oportunidade de demonstrar o que estão deixando de faturar e o impacto disso na saúde financeira do seu negócio. Por isso a Fecomércio está à disposição para orientar quem precisar de esclarecimentos”, enfatizou Graça Carvalho, assessora técnica da Fecomércio.
“Do ponto de vista econômico, a ação é importante para que sejam levantadas essas informações e tomadas as devidas providências, já que em pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio, diversas empresas têm perdido receita e faturamento e demitido funcionário por conta das adversidades da região”, complementou Felippe Rocha, assessor econômico da Federação.
Na reunião de hoje, o economista Lucas Sorgato, da Projete, solicitou o apoio das entidades no sentido de informarem aos empresários sobre o objetivo deste trabalho e da importância de colaborarem a fim de que os valores projetados reflitam a realidade financeira destes empreendimentos, ressaltando que sigilo dos dados será resguardado. “O objeto é analisar e calcular o lucro cessante. A coleta cai começar pelas áreas prioritárias, saindo da encosta do Mutange e subindo pela área do Pinheiro. Desenvolvemos metodologia para puxar o maior volume de dados possível, mas vai ser uma avaliação complexa pela informalidade que se tem”, disse, explicando que no caso dos formais o levantamento considerará os registros e materiais contábeis já existentes. Já para o cálculo dos informais, será desenvolvida uma metodologia considerando as evidências que comprovem a atividade para, a partir daí, projetar o lucro cessante.
A Projete irá divulgar para as entidades o calendário das etapas do levantamento, mas antecipou que a primeira fase do trabalho abrangerá a área de risco delimitada no mapa divulgado pela Defesa Civil, contemplando Bebedouro, Mutange e uma pequena parte do Pinheiro. Segundo Lucas, a intenção é iniciar os trabalhos na próxima semana.
Participaram da reunião Silverônia Galdino e Renanto Maranhão (Famecal); Alexandre Sampaio e Gilvan de Andrade (Associação dos Empreendedores do Pinheiro); Geraldo Vasconcelos (SOS Pinheiro); João Cândido (Sebrae); e Lucas Sorgato e Genildo Silva (Projete).
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