O Globo
Como etapa de desenvolvimento dos “carros voadores”, a Eve Holding, subsidiária brasileira da Embraer, fará em setembro as primeiras simulações de mobilidade aérea urbana na América do Norte para testar a infraestrutura para o uso de eVTOLs, os veículos elétricos que decolam e pousam na vertical.
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Um helicóptero será usado para testar rotas em pontos centrais da cidade de Chicago, Illinois, nos EUA. A operação seguirá os mesmos moldes do treino realizado no Brasil, em novembro do ano passado, que simulou uma rota do Galeão à Barra da Tijuca.
Os testes terão duração de três semanas, informou nesta terça-feira a Embraer. No dia 12, iniciam as simulações em solo e, no dia 14, com voos de passageiros. Eles acontecerão em um "vertiporto", área já preparada para pouso, decolagem e operação de aeronaves eVTOL, simulando requisitos de serviços, infraestrutura e equipamentos.
O helicóptero que representará o futuro eVTOL da Eve fará duas rotas com passageiros. A primeira irá conectar o vertiporto de Chicago e o heliponto municipal de Schaumburg. A segunda sairá do mesmo ponto com destino ao heliporto de Tinley Park, em Illinois. Os voos foram colocados à venda hoje no aplicativo e site da Blade e podem ser reservados por US$ 150, no site www.blade.com.
— A simulação da operação do eVTOL em Chicago nos permite estudar como as pessoas irão vivenciar este serviço e entender todos os requisitos do ecossistema para nossos produtos e serviços, ao mesmo tempo que apresentamos o benefício da mobilidade aérea urbana em uma das cidades mais importantes e populosas da América do Norte — explica André Stein, co-CEO da Eve, que completa: — Estamos finalizando os preparativos para executar essas simulações de forma eficiente e sustentável e esperamos ajudar a preparar Chicago para receber uma solução de transporte com emissão zero.
Com os eVTOLs, viagens de uma hora poderão ser feitas em minutos, a um custo 80% menor do que com helicópteros, com zero emissões de carbono e baixo ruído. Os "carros voadores" devem entrar em operação em 2026.
Além de desenvolver o carro voador propriamente dito, a Eve pretende atuar em todo o ecossistema de mobilidade aérea urbana, incluindo o seu desenvolvimento. Para isso, está investindo em sistemas de controle de tráfego aéreo urbano, em parceria com a Atech, outra subsidiária da Embraer, que é responsável por sistemas usados atualmente no controle aéreo do país, e se posicionando para prestar serviços e suporte para os operadores.
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