'Emagrecimento milagroso': três são presos por vender remédio que prometia perda de 10kg em 15 dias

Publicado em 27/11/2024, às 08h50
Marcelly Neves de Lima foi presa nesta quarta-feira, durante a operação Seca Máximo - Montagem TNH1

Extra Online

Três pessoas foram presas, nesta quarta-feira, por venderem medicamento ilegal para emagrecimento rápido. Marcelly Neves de Lima foi encontrada em Ramos, na Zona Norte, por agentes do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC). Ela é apontada como chefe de uma quadrilha que prometia a perda de 10kg em apenas 15 dias. Na composição dos remédios havia inibidores de apetite e laxante.

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A operação desta quarta recebeu o nome do produto vendido pelos criminosos: "Seca Máximo". Ao todo, os agentes cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, em endereços da capital e na Região dos Lagos. O Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI) também auxiliou na ação.

O trabalho da polícia começou após a denúncia de uma vítima, que pediu anonimato. Numa delegacia, ela contou ter comprado o medicamento e, logo após o seu uso, passou a ter fortes efeitos colaterais, como tonturas, vômitos, tremores e sudorese.

Além do depoimento, a vítima também levou o produto aos agentes, que foi apreendido e enviado à perícia, cujo resultado apontou substâncias como sibutramina (inibidor de apetite que atua no sistema nervoso central) e Bisacodil (um laxante).

Com as investigações, os policiais chegaram à Marcelly Neves de Lima, apontada como chefe do grupo. Ela era a responsável por adquirir os remédios em farmácias e organizá-los em embalagens próprias, com o rótulo de "Seca Máximo". A quadrilha fazia as vendas dos medicamentos pelas redes sociais, onde explicavam que os produtos eram 100% naturais, fitoterápicos, e capazes de um emagrecimento “milagroso”.

No WhatsApp, por exemplo, os criminosos tinham um grupo de venda chamado "Grupo Seca Máximo Oficial". Nele, a polícia encontrou depoimentos de mulheres afirmando que tiveram efeitos colaterais após o uso dos medicamentos. Como resposta, receberam de Marcelly a afirmação de que seria “normal”, que o uso constante iria inibir a presença dos efeitos.

De acordo com a polícia, Marcelly era grosseira com os clientes que insistiam por mais informações, além de ter comportamento violento: chegou a fazer um vídeo ameaçando o namorado (também da quadrilha) de morte por desavenças pessoais. No perfil do Instagram, a mulher ostentava uma vida de luxo, com fotos de viagens, festas, salão de beleza e em ensaios fotográficos.

Na ação desta quarta-feira, os agentes apreenderam diversos frascos do medicamento, que não têm registro na Anvisa, tampouco apresentam indicações de laboratório, lote, validade, bula, nem qualquer traço de legitimidade. Os presos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, venda de produto farmacêutico corrompido, associação criminosa, exposição a perigo da vida e crimes contra o consumidor.

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