Folhapress
Não seria o alagoano Djavan quem se calaria diante do afundamento do solo em Maceió, nesta que já é considerada a maior tragédia ambiental urbana do Brasil. Durante um show no Rio de Janeiro, na noite deste sábado (2), o cantor comentou, em tom de revolta, o drama pelo qual vem passando a população de sua cidade natal.
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"Eu quero aproveitar para me solidarizar com o povo de Alagoas, com o povo de Maceió, pelo que ele está sofrendo, pelo total descaso das autoridades", disse. "É um absurdo o que está acontecendo em Maceió. Eu apelo para que isso seja resolvido o mais breve possível porque o povo está sofrendo muito."
O perigo de colapso em Maceió obrigou a evacuação de um hospital e da população localizada na região que está em risco. Os bairros que estão sob alerta são Mutange, Pinheiro, Bebedouro e parte do Bom Parto e do Farol. Segundo autoridades, uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã pode ser aberta no Mutange com o possível desabamento da mina de número 18 da Braskem.
Em novo boletim divulgado na manhã deste domingo (03), a Defesa Civil de Maceió informa que a velocidade de deslocamento da mina 18, que está sob risco iminente de colapso, continua sendo de 0,7 cm por hora. O nível de afundamento de solo já chega a 1,69 m desde o início de seu monitoramento, em 28 de novembro.
Nada disso surpreende Djavan, que em agosto de 2021 usou suas redes para criticar a Braskem pelos estragos ambientais em bairros da capital alagoana. À época, o cantor classificou como "imensuráveis" os danos causados pela extração do sal-gema, usado na produção de PVC.
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