Em nova turnê, NX Zero confirma show em Maceió

Publicado em 03/06/2017, às 16h05

Redação

O NX Zero confirmou a nova turnê para divulgar o disco "Norte" e vai se apresentar em Maceió no dia 18 de agosto, no Clube Fênix. A organização do evento é da produtora Alagou.

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A banda já tinha dado as pistas com “62 Mil Horas Até Aqui” e “10 Anos”, dois trabalhos com efemérides no título, que resumem o que foram os primeiros anos da banda. Com o disco que acabam de lançar, “Norte” (Deck), apontam um novo rumo na carreira. Melhor, mais maduro, mais integrado... os adjetivos são todos válidos.

Ao finalizar a turnê de “Em Comum”, de 2012, os cinco – Di Ferrero (vocal), Gee Rocha (guitarra e vocal), Fi Ricardo (guitarra), Caco Grandino (baixo) e Daniel Weksler (bateria) – se viram com um ciclo completo.

Percorreram a tal estrada de quem faz sucesso de cara e seguiram com o pé fundo no acelerador disco após disco, turnê após turnê, prêmio após prêmio. Mas o mundo mudou nesses quase 15 anos de grupo. Como nunca antes na história. O quinteto já tinha uma assinatura própria de som, tinha a coesão e entrosamento de permanecerem fiéis à formação original e, claro, tinha agora uma carreira e nome a zelar.

Você ouve “Norte” e está tudo ali: a força das melodias, principalmente da dupla titular de composição, Di e Gee. Só que o som aposta menos na urgência, característica no início da banda, e mais na qualidade do produto final. As guitarras nunca soaram tão bem, os arranjos vocais idem, existem texturas sublimes, daquelas que dá vontade de apagar a luz e escutar o disco com um bom fone de ouvido, fugindo de qualquer interferência externa. Até um Moog e pedal steel compõem o novo armamento da banda. Foi um ano de dedicação às composições, depois se mandaram para a praia onde maturaram o disco numa pré-produção até entrarem em estúdio com o produtor Rafael Ramos (Pitty/Titãs) para lapidarem o material.

De cara eles decantam as fontes de onde beberam nos últimos anos em “Modo Avião”, cercada de novas timbragens de guitarra, loops e teclados. Soul e funk sessentistas giram em alta rotação no primeiro single, “Meu Bem”, e “Mandela” segue no mesmo suingue, só que com mais peso. A mixagem do trabalho ficou simplesmente a cargo de Jim Scott (Red Hot Chilli Peppers, Foo Fighters, Rolling Stones), Tim Palmer (U2, Pearl Jam) e Mario Caldato Jr. (Beastie Boys, Jack Johnson, Marisa Monte).

O primeiro assina a mix das duas faixas seguintes e não por acaso as guitarras do NX ressoam em modo John Frusciante (RHCP) em “Fração de Segundo”, com um solo matador de Lulu Santos como cereja, enquanto “Por Amor” acelera em hard rock em guitarra com delay e vocal em flerte com rap. “Personal Privê” é mais emotiva, em BPM desacelerado e ousado falsete vocal de Di, até o lap steel entrar em “Vibe”, que é belamente conduzida pela cozinha bateria-baixo de Caco e Daniel. Há Moog e guitarra mais limpa na sessentista “Pedra Murano”, canção pra dançar – “Breve Momento” -, mais rock acelerado (“Gole de Sorte”) e soul com acento psicodélico (“Milianos”). Ou mesmo balada em crescente, que fecha o trabalho, “Marcas de Expressão”, que segundo Tim Palmer, que a mixou, possui “uma qualidade hipnótica” e “melodia grudenta sem ser melosa”.

Mas o que temos aqui é o disco pelo qual o NX ZERO ficará marcado positivamente na história do rock brasileiro. Ao menos até agora. Que venham mais 15 anos e depois discutimos isso. O importante neste momento é escutar “Norte”. Se bem que, com receita tão refinada, o melhor verbo no caso é saborear.

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