Redação
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A lógica do basquete é um tanto complicada nestes Jogos Olímpicos. A seleção brasileira masculina teve dificuldade contra a vice-campeão europeia Lituânia no último fim de semana, mas nesta terça-feira (9) jogou o que sabe, mostrou sua e bateu a campeã europeia Espanha por 66 a 65 (34 a 31 no intervalo) e respirou um pouco mais aliviada na complicado Grupo B do basquete da Rio 2016.
Com uma derrota e uma vitória, os anfitriões voltam à cena em um torneio de tiro curto. Os próximos adversários são também complicados: Croácia (11/8) e Argentina (13/8). A confronto contra a Nigéria (15/8) tende a ser mais fácil..
No último fim de semana, o time do técnico Ruben Magnano por pouco não passou vergonha já que demorou a entrar no jogo. Até que diminuiu consideravelmente uma diferença de 30 pontos e celebrou o apoio incondicional da torcida, como poucas vezes antes vista na história do basquete olímpico – o horário das 14h15, em um dia de semana, inclusive frustrou as expectativas e o mesmo caldeirão só se repetiu nos quartos finais.
Para a partida desta terça, Magnano decidiu mandar para quadra desde o princípio um time mais alto. Marcelinho Huertas, Leandrinho Barbosa, Marquinhos Vinícius, Augusto Lima e Nenê Hilário começaram como titulares na tentativa de evitar os erros bobos de defesa na partida de abertura. Deu certo na marcação e também no ataque, uma vez que o time controlava mais ações do jogo. O primeiro quarto terminou com cinco pontos de vantagem para o Brasil.
A esquadra espanhola, com alguns dos melhores jogadores do mundo, começou a entrar em ação. De mão em mão, Juan Carlos Navarro, Rudy Fernandez e Felipe Reyes viraram o placar pela primeira vez na metade do segundo quarto. Tendo em mente a empolgação que limitou a criatividade de antes, Magnano soube utilizar muito bem todas as peças do banco para terminar o segundo quarto com três pontos a mais.
Três cestas seguidas deixaram o time verde-amarelo, e agora fluorescente, ainda com mais ânimo. Do outro lado, a frieza de Pau Gasol e Sergio LLull ainda deixavam os visitantes vivos na partida que ganhou ares de tensão. Coube então aos pivôs Augusto Lima e Cristiano Felício protegerem o garrafão. As duas jovens promessas do basquete brasileiro - Felício que foi chamado às pressas para a vaga do lesionado Anderson Varejão - atuaram como nunca e levaram o time com oito pontos de vantagem no último quarto.
A pressão dos vice-campeões olímpicos nas duas últimas edições e ainda principais candidatos a atrapalhar os planos do Drea Team norte-americano parecia impossível de controlar. Sergio Llull virou o jogo a dois minutos do fim e Nenê errou dois lances livres que pareciam estragar tudo, mas Marquinhos fez dois pontos em um rebote salvador para os anfitriões.
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