TNH1 com TV Pajuçara
Benício Vieira de Lima, 46 anos, servidor da Câmara Municipal de Maceió preso por estupro, nesta segunda-feira (15), negou todas as acusações e se declarou inocente. As informações foram passadas pelo advogado do suspeito, Arnaldo Abreu Bispo, em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara.
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“Ele nega as acusações. A priori não temos as informações que estão no inquérito policial. É um processo complexo, pois são acusações muito graves. Vamos analisar a situação dele. Caso ele seja culpado e condenado, nós vamos querer garantir os direitos constitucionais dele”, disse.
Ainda segundo a defesa, Benício está com quatro mandados de prisão, após a polícia ter colhido depoimentos de supostas vítimas do servidor. Bispo afirmou não ter conhecimento da informação que ao menos 19 vítimas, entre 11 e 17 anos, foram abusadas pelo agressor.
A polícia destacou que além das seis pessoas que acusaram o homem em depoimentos, mais quatro procuraram a delegacia depois da repercussão dos crimes.
O servidor vai ser encaminhado para a Delegacia da Mulher, no Centro de Maceió, no início desta tarde, para prestar mais um depoimento. Ele já realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, e após os procedimentos cabíveis, será levado ao sistema prisional.
Benício foi preso em Guaxuma, em cumprimento de mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, e será exonerado da Câmara de Vereadores.
Modo de operação do agressor
A delegada responsável pelo caso, Ana Luíza Nogueira, confimou que Benício usava uma arma de fogo para obrigar as vítimas a entrar no veículo, um sedan prata, e seguia para um escritório localizado na Avenida Rotary, onde cometia os estupros. Os crimes aconteciam desde 2015.
Todas as vítimas foram abordadas durante a noite. O escritório pertence ao vereador Chico Filho, que contratou Benício como segurança, de acordo com informações do Portal da Transparência da Câmara.
Perícia Oficial realizou exames no local onde ocorriam crimes | Cortesia ao TNH1
Provas
Além das provas obtidas pelo Serviço de Inteligência da polícia e do laboratório cibernético de Brasília, pelo menos seis vítimas já reconheceram Benício por foto e também o local do crime. Outras quatro procuraram a delegacia no início da tarde para fazer o reconhecimento.
Mulheres e adolescentes que ainda não tenham sido ouvidas podem comparecer à Delegacia de Crimes Contra a Criança, no bairro do Jacintinho, ou à Delegacia da Mulher, no Centro, para que seja iniciada nova investigação.
Crimes sexuais cometidos em 1996
A delegada Adriana Gusmão, da Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente da Capital, confirmou para a reportagem da TV Pajuçara que Benício já responde a uma investigação por crimes sexuais cometidos em 1996.
Os crimes são previstos no artigo 218 e 213 do Código Penal. O primeiro trata de induzir uma criança ou adolescente a satisfazer lascívia ou presenciar ato sexual ou libidinoso, e o segundo é o estupro.
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