Redação
"Ele gritou por mim: "pai!". Eu ainda consegui chegar lá, ainda suspendi ele, mas a onda derrubou a gente, ainda peguei no braço dele, mas escapuliu da minha mão. Aí ele desceu e já não achei mais", contou emocionado, Antônio Gomes da Silva, de 42 anos, um dia após quase se afogar e ver o único filho, Adeilton Gomes da Silva, 22, morrer afogado, na praia de Ponta Verde, em Maceió, nesse domingo, dia 28.
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Antônio falou à reportagem do TNH1 instantes antes do sepultamento do filho, na tarde desta segunda-feira (29), no cemitério São José. Segundo ele, Adeilton tinha medo do mar e não sabia nadar. "Como a maré estava seca, ele resolver arriscar", disse.
Antônio confessou que os dois tinham ingerido bebida alcoólica, mas não estavam embriagados. Ele e o filho são de Maceió, mas viviam em São Paulo. Antônio está há 15 dias na cidade. O filho havia chegado há oito dias.
Adeilton Gomes da Silva deixa um casal de filhos. Ele trabalhava fazendo bico na construção civil.
O caso
O afogamento ocorreu nesse domingo (28), por volta das 15h, quando a maré baixa começou a subir, surpreendendo alguns banhistas que estavam bem distantes da faixa de areia.
De acordo com testemunhas, Adeilton Gomes da Silva, de 22 anos, estava com o pai, Antônio Gomes da Silva, de 42 anos. Os dois teriam sido surpreendidos pela rapidez com que a maré encheu. Antônio pediu ajuda e foi socorrido por banhistas, mas eles não conseguiram resgatar Adeilton.
Antônio foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE).
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