Eduardo Cunha garante que vai decidir sobre pedidos de impeachment neste ano

Publicado em 19/11/2015, às 20h36
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Redação


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou nesta quinta-feira (19) que os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff serão analisados ainda neste ano. "Com certeza absoluta os pedidos serão decididos este ano. Não tem nada que ficará para o ano de 2016. Tanto que, nesta semana, eu decidi quatro deles. Não há mudança na minha posição em relação a isso. Nenhuma", garantiu.

Nesta semana, o presidente da Câmara garantiu, mais uma vez, que o processo no Conselho de Ética contra ele não tem nenhuma relação com a sua análise dos pedidos de impeachment da presidente da República, e que a avaliação dos pedidos segue critérios técnicos.

Conselho de Ética

Nesta quinta-feira (19), o presidente Eduardo Cunha suspendeu decisão do 2º secretário, deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), que, ao presidir a sessão do Plenário, havia anulado a reunião do Conselho de Ética da manhã de hoje. O Conselho estava reunido para a leitura do relatório prévio do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), favorável ao prosseguimento do processo que investiga suposta quebra de decoro por parte do presidente da Câmara.

A decisão de Bornier foi tomada depois que os deputados Manoel Júnior (PMDB-PB) e André Moura (PSC-AL) questionaram que a reunião do Conselho feriu o Regimento Interno da Câmara por ter aguardado mais de meia hora para o início e por manter a reunião mesmo depois do início da Ordem do Dia do Plenário. Isso gerou protestos de vários deputados da oposição. Eles sustentaram que o limite de meia hora só vale para o Plenário e não para o Conselho de Ética.

Eduardo Cunha destacou que essa decisão não foi dele: "Eu não tomei qualquer decisão e não tomaria. A única decisão que tomei foi ao final da sessão, depois que acabou o processo de pressão, pois não dá para decidir debaixo de gritaria. A Casa não vai ser conduzida debaixo de grito”.

Segundo o presidente, a oposição tem que entender o ocorrido porque ela está sempre recorrendo ao Plenário em questão de ordem. “Quando você tem regra específica de comissão, aplica-se a regra específica de comissão. Quando você tem regra que é de Plenário e você não tem regra específica de comissão, você aplica a regra do Plenário para a comissão", explicou.

Questionado por jornalistas se a anulação da reunião do Conselho de Ética teria causado constrangimentos, Eduardo Cunha negou qualquer manobra: "Eu não vou me constranger por um processo que é político, daqueles que, eventualmente, fazem oposição a mim para me constranger. Eu já estou vivenciando esse processo há algum tempo e nada disso vai mudar o meu comportamento. Tanto que esperei acabar toda a confusão e, a partir dali, eu fiz a suspensão. Veja bem, eu não fiz manobra nenhuma e nem vou fazer".

Cunha também afirmou que a defesa apresentada por seu advogado ao Conselho de Ética é consistente. Para ele, seus adversários querem obter, agora, aquilo que não alcançaram durante o processo de eleição para a presidência da Câmara.


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