Dólar tem leve queda e segue negociado a R$ 3,16

Publicado em 30/08/2017, às 21h42

Redação

O dólar terminou mais um dia praticamente estável ante o real, depois que o governo conseguiu concluir a votação dos destaques à TLP (Taxa de Longo Prazo) na Câmara, mas com os investidores ainda aguardando o desfecho da votação das novas metas fiscais pelo plenário do Congresso.

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Na sessão, a moeda norte-americana recuou 0,1%, a R$ 3,1600 na venda, depois de terminar a véspera a R$ 3,1632. Na mínima, o dólar marcou R$ 3,1570 e, na máxima, R$ 3,1769. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,15%.

"O mercado já trabalhava com a perspectiva de que os destaques seriam derrubados", justificou o chefe da mesa de derivativos da Mirae Asset, Olavo Souza, para explicar o movimento tímido no dólar após a conclusão da votação.

A Câmara terminou quase no final da sessão do câmbio a votação dos três destaques à TLP, derrubando todos eles. Agora, o texto segue para o Senado, onde tem que ser aprovado até o próximo dia 7 de setembro, quando a medida provisória perde a validade.

A CMO (Comissão Mista de Orçamento) aprovou o projeto de lei que eleva as metas de déficit primário de 2017 e 2018 na véspera e estava prevista a votação no plenário do Congresso ainda nesta quarta-feira. A sessão já havia iniciado.

Em meio a esse ambiente doméstico recente mais favorável, o Banco Bradesco avaliou que há possibilidade de a taxa de câmbio ficar abaixo de R$ 3,10 no curto prazo em razão de vários fatores, entre eles, a solidez das contas externas e a tendência de enfraquecimento do dólar em relação às demais moedas.

"É evidente que ainda há incertezas no front político, porém não vislumbramos um cenário de ruptura nessa dimensão", comentou em relatório a instituição, que prevê que a moeda terminará 2017 em R$ 3,10.

O dólar bateu a máxima ante o real ainda no começo do dia, na esteira da alta da moeda norte-americana no exterior e após a divulgação de dados robustos sobre a economia dos EUA.

No setor privado dos EUA, foram criados em agosto 237 mil postos de trabalho, contra expectativa de abertura de 183 mil. Já o PIB do país cresceu 3% no segundo trimestre, ritmo mais rápido em mais de dois anos e contra previsão de alta de 2,7% em pesquisa da Reuters.

"Dados mais fortes aumentam as chances de uma terceira elevação dos juros (nos EUA) em dezembro", explicou a corretora CM Capital Markets em comentário. Juros mais altos tendem a atrair recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira, fazendo o dólar subir ante o real.

O dólar tinha alta firme ante uma cesta de moedas e também avançava ante divisas de países emergentes, como o peso chileno e o rand sul-africano.

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