Folhapress
O ATOR LIDA COM A DEPENDÊNCIA QUÍMICA DESDE CRIANÇA - Robert Downey Jr. provou maconha pela primeira vez aos seis anos. Foi o pai dele, o diretor Robert Downey Sr., quem ofereceu a droga ao filho. "Quando eu e o meu pai usávamos drogas juntos, era ele tentando expressar o seu amor por mim da única maneira que ele conhecia", disse o ator de "Oppenheimer" numa entrevista publicada no livro "The New Breed" em 1988.
No documentário "Sr.", o pai do ator diz se arrepender. "Muitos de nós achávamos que seria hipócrita não deixar nossos filhos usarem maconha e coisas assim. Era idiota da nossa parte. Só estou feliz que ele esteja aqui", diz o diretor no documentário disponível na Netflix.
Nos anos seguintes, sua vida foi dominada pelas drogas. Em 1996, Downey chegou a ser preso três vezes no mesmo mês -ao revistá-lo, os policiais encontraram substâncias como heroína, crack e cocaína. Em uma dessas ocasiões, ele invadiu a casa de desconhecidos e dormiu na cama do filho de 11 anos deles.
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Em 1993, em meio a internações em centros de reabilitação, ele foi indicado ao Oscar pela primeira vez. Foi pela sua atuação em "Chaplin", de Richard Attenborough. No entanto, ele não venceu o prêmio de Melhor Ator. Ele foi indicado novamente em 2009, por "Trovão Tropical", mas também não levou a estatueta para casa.
Ele está sóbrio desde 2003. No Oscar 2024, Robert Downey Jr. agradeceu sua esposa, Susan, por mudar sua vida: "Eu gostaria de agradecer minha veterinária -quer dizer, esposa-, Susan Downey, que está ali. Ela me encontrou, um bicho abandonado e raivoso, e me amou até que eu voltasse à vida. É por isso que estou aqui. Obrigado".
Em 2008, Robert Downey Jr. fez sua estreia como o Homem de Ferro. O papel seria um grande ponto de virada em sua vida: entre 2013 e 2015, ele foi o ator mais bem pago do mundo, recebendo respectivamente US$ 50 milhões, US$ 75 milhões e US$ 80 milhões. Em uma entrevista à revista Esquire antes da estreia do primeiro "Homem de Ferro", ele descreveu o papel como um divisor de águas:
"Homem de Ferro é definitivo -uma coisa que pode ser tão bidimensional e fútil e inútil no plano geral da vida. Mas é uma linha que separa eu sendo identificado como uma coisa que eu sempre serei e eu sendo identificado como outra coisa que eu sempre serei: alguém que veio aqui para fazer filmes e se cansou de ser a p*rra de um ajudante."
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