Olhar Digital
Uma startup de tecnologia militar israelense chamada Camero-Tech criou um dispositivo baseado em radar que, de acordo com seus desenvolvedores, permite que os soldados literalmente “vejam através das paredes”.
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Segundo relata o jornal Insider, o gadget futurista, que recebeu o nome de Xaver 1000, levanta questões éticas significativas sobre vigilância e privacidade.
De acordo com a descrição apresentada no site da empresa, o dispositivo pode dar às unidades de inteligência “uma visão 3D de consciência situacional sem precedentes”, além de ter a capacidade de detectar objetos vivos (estáticos ou dinâmicos) atrás de paredes e outros obstáculos físicos.
Portanto, as equipes táticas poderão obter uma imagem altamente detalhada do que está acontecendo por trás de uma variedade de obstruções, permitindo que eles se preparem antes de violar ambientes urbanos.
Segundo os cientistas que desenvolveram o projeto, o dispositivo também pode ser extremamente útil durante as operações de busca e resgate, possibilitando aos socorristas enxergar vítimas de desastres que estiverem presas em locais fechados.
Ainda de acordo com a equipe, o dispositivo é de fácil manuseio e execução, podendo ser operado por um único usuário. Ele ainda pode enviar dados de volta para a base militar via WiFi.
A Camero-Tech afirma também que o dispositivo pode penetrar através da maioria das paredes e materiais comuns, incluindo cimento e concreto em um raio de 40 metros usando um radar de banda ultra-wide baseado em pulso.
Uma tela integrada de dez polegadas sensível ao toque permite que as equipes visualizem objetos vivos atrás de quase qualquer obstáculo, podendo até mesmo dizer se eles são um adulto, uma criança ou um animal, ou se estão sentados, de pé ou deitados. Isso tudo graças a um algoritmo de Inteligência Artificial capaz de rastrear seus movimentos.
Com aproximadamente 17 kg, o dispositivo pode ser embalado significativamente graças a uma antena dobrável, o que lhe permite ser facilmente posicionado em quase qualquer ambiente.
Ao mesmo tempo em que a ferramenta representa uma vantagem tática crítica no campo e pode salvar vidas em situações de desastres naturais, também apresenta novas oportunidades sinistras de vigilância invasiva.
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