Diretora diz que não houve omissão e câmeras de escola onde aluna foi espancada serão analisadas

Publicado em 01/12/2022, às 14h36
Reprodução -

TNH1 com TV Pajuçara

A diretora da escola onde aconteceu o espancamento de uma aluna de 14 anos, na última terça-feira, 29, declarou, em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/Record TV, que não houve omissão no socorro da jovem por parte da unidade de ensino e que outras filmagens registradas pelas câmeras do prédio estão sendo analisadas para identificar detalhes do que aconteceu. Alyne Christine disse ainda que a escola não tomou atitudes quanto à punição dos envolvidos no caso, pois as imagens divulgadas até o momento não apresentam violência.

LEIA TAMBÉM

Na manhã desta quinta-feira, 1º, a diretora se reuniu com um representante da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB, em Alagoas, com um conselheiro tutelar responsável pela área onde está situada a Escola Municipal Professor Antídio Vieira, no Trapiche da Barra, e com familiares de uma das adolescentes envolvidas na briga. A estudante vítima de espancamento, assim como os parentes, não compareceram no encontro e alegaram que um problema dificultou a chegada deles no prédio onde funciona a escola.

Alyne Christine afirmou para a repórter Maria Maciel que o vídeo gravado no ginásio da escola não apresentou "atitudes de violência", e que por isso ainda é cedo para definir medidas disciplinares contra as pessoas envolvidas na briga. "Até então, o vídeo não mostra atitudes de violência. O que mostra são meninas rodeando as duas, uns até queriam puxar uma ou outra para afastar, mas o vídeo tem que ser analisado por pessoas competentes para chegar ao veredito", disse ao destacar também que as filmagens de câmeras da edificação já começaram a ser avaliadas.

"[Na reunião] Ficou esclarecido que não existiu omissão. A escola, na sua condição, fez todos os procedimentos que deveriam ser feitos, como comunicar a família, chamar o socorro, acompanhar e acionar o conselheiro tutelar, para que fosse resolvido da melhor maneira possível. Não existiu omissão em momento nenhum. No vídeo dá pra ver que houve o resgate, e a vice-diretora não deixou ela [vítima] se levantar, porque como levou uma queda, tinha que ficar no seu lugar, quietinha, até chegar o socorro", acrescentou a diretora.

Para Thiago de Oliveira, presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB-AL, a reunião teve um papel importante para que tanto os familiares das partes quanto a escola pudessem esclarecer mais sobre o caso. "Em um primeiro momento, a OAB vem buscar esclarecimentos. A gente tem o papel de fiscalizar, mas não só isso, estamos para dar apoio e suporte para as adolescentes. Temos esse papel, essa função, de estar acompanhando, para que o caso seja resolvido da melhor maneira possível, principalmente para as adolescentes", explicou.

O conselheiro tutelar Vinicius Elói disse que as estudantes vão precisar de um suporte psicoterápico. "Nós fomos acionados pela escola e posteriormente pela família para poder atender a adolescente e assim fazer todos os encaminhamentos necessários por parte do Conselho Tutelar. O artigo 98 fala que as medidas de proteção elencadas no artigo 101 podem ser deliberadas a partir do momento em que há ameaça ou violação de direitos. Podemos perceber que ambas as partes vão precisar de um suporte psicoterápico", explicou.

A família da adolescente agredida registrou boletim de ocorrência, nessa quarta-feira, na Delegacia Especializada dos Crimes contra Crianças e Adolescentes (DCCCA). Em seguida, a estudante foi encaminhada ao Instituto Médico Legal para fazer o exame de corpo de delito. 

O caso - A mãe de uma adolescente de 14 anos denunciou que a filha foi espancada até desmaiar durante uma aula de Educação Física na Escola Municipal Professor Antídio Vieira, no Trapiche da Barra, em Maceió, nessa terça-feira (29). A estudante precisou ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e foi levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), após as agressões. A jovem passou por exame de tomografia e ficou sob observação, sendo liberada em seguida.

Claudeane Ferreira da Silva Santos é a mãe da adolescente e se disse revoltada com o episódio e com a postura da direção da unidade de ensino. Ela questionou ainda a demora para que as agressões fossem interrompidas. Segundo ela, havia um professor monitorando os estudantes e este ignorou a situação. O professor aparece no vídeo assistindo às agressões.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed), responsável pela gestão da unidade de ensino, disse que ao ter ciência da situação prestou toda assistência às alunas, acionou o Conselho Tutelar e informou aos pais sobre o ocorrido. Sobre a postura do educador, a Semed afirmou que "a princípio o professor ficou em choque diante da situação, mas em seguida ele estabilizou atuando junto com a direção". 

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Homem com sinais de embriaguez é socorrido após cair de ponte no Salgadinho Após varias prisões no primeiro dia, Prefeitura aumenta policiamento no Verão Massayó Imagem de grupo detido no Verão Massayó viraliza nas redes sociais Verão Massayó 2025 terá 15 linhas de ônibus gratuitas até o evento