Redação
Denúncias de moradores de ruas levadas ao Ministério Público Estadual motivaram uma varredura no Edifício Palmares, na Praça Palmares, centro de Maceió, nesta quarta-feira (24) pela manhã, à procura de vestígios de que o local serve como desova de cadáveres.
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De acordo com o promotor de Justiça Antônio Malta Marques, uma comissão de promotores foi formada para apurar os fatos relatados pelos moradores de rua e, hoje, as polícias Civil e Militar, e a Prefeitura de Maceió foram acionadas para a inspeção no prédio, atualmente abandonado e depenado.
Apesar do registro de um número alto de homicídios contra sem-teto em Maceió, a visita não detectou que o Edifício Palmares seja um local de desova de corpos por traficantes da região. O que foi encontrado foi muito lixo e pontos de vulnerabilidade, como janelas sem proteção e o fosso do elevador aberto.
“Foram encontradas três pessoas, que foram revistadas, mas não se constatando nada de irregular, só a presença delas aqui no prédio, elas foram liberadas”, destacou o promotor.
O diretor da Delegacia de Homicídios, Eduardo Mero, também participou da varredura e disse que não foi confirmado nada concreto sobre a desova de corpos no prédio, mas, sim, o consumo de drogas.
Ele comentou que a delegacia investiga as motivações para as mortes de moradores de rua e identificou entre elas, dívidas com o tráfico e rixas entre os sem-teto.
Prevenção
Para evitar a prática de crimes no edifício, o MPE informou que as entradas serão tamponadas pela Prefeitura e, além disso, será emitido um relatório ao Ministério Público Federal. “Vamos apelar para que entrem com as ações judiciais necessárias para por fim à situação desse prédio, hoje, já condenado pela Defesa Civil”, afirmou Malta Marques.
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