Delegado indicia transexual que provocou infecção após aplicar silicone na amiga

Publicado em 03/10/2019, às 11h59
Material usado em aplicações apreendido na casa da acusada | PC/AL -

Assessoria PC/AL

O delegado Robervaldo Davino, do 6º Distrito da Capital, concluiu e enviou à Justiça o inquérito que investigou um caso de aplicação ilegal de silicone, ocorrido em Maceió.

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Uma transexual de nome social Cindy Bellucci Cardoso da Silva, de 39 anos, foi indiciada por crime de natureza grave por ter aplicado a substância nas nádegas da amiga, também transexual Jassen Silva Oliveira, que adotou o nome de Tainá, apesar de não ter feito a alteração de nome e sexo.

A injeção do silicone causou uma grave infecção e a vítima ficou vários dias hospitalizada.

O delegado relata que, no dia 16 de março de 2018, uma irmã de “Tainá” procurou a delegacia do 6º DP para denunciar o caso.

Segundo ela, Cindy fez a aplicação na residência da vítima, no conjunto José Tenório, bairro da Serraria, com uma agulha grossa. Em seguida, tapou o orifício deixado pela injeção com cola super bonder.

“Um dia após a denúncia, estivemos no Hospital Geral do Estado (HGE), onde ela estava internada, mas não pudemos ouvi-la, devido ao seu grave estado de saúde, inclusive apresentando um quadro de muita dor, febre alta e alucinações”, disse o delegado.

Na ocasião, ficou acertado que, tão logo recebesse alta do hospital, Tainá deveria comparecer à delegacia, mas isto nunca aconteceu.

Como não conseguia localizar a vítima, em janeiro deste ano, o delegado resolveu encaminhar o inquérito à Justiça, pedindo o arquivamento, mas continuou investigando o caso.

"Nas investigações, levantamos a identificação da acusada, de nome Cindy, cujo nome original era Leonardo Cardoso da Silva, e no último mês de maio foi pedido o desarquivamento do inquérito, que se encontrava na 3ª Vara Criminal da Capital. Localizamos uma irmã da investigada e com a autorização dela fizemos buscas na casa, localizada no condomínio Parque dos Caetés, no Benedito Bentes, onde encontramos materiais usados em aplicações de silicone”, acrescenta Robervaldo Davino.

Esse fato levanta a suspeita de que ela pode ter feito outras aplicações da substância. O delegado descobriu que Cindy se encontra, atualmente, na Espanha, e chegou a ouvi-la por meio de vídeo, onde ela nega tudo.

Testemunhas, no entanto, confirmam as acusações, inclusive, algumas delas estiveram na residência de Tainá, no dia em que foi feita a aplicação.

O vídeo da acusada e o material apreendido na casa dela foram enviados à Justiça, junto ao inquérito.

Robervaldo Davino alerta que quem desejar fazer aplicações desse tipo deve procurar uma clínica autorizada e profissionais qualificados para evitar casos como om ocorrido com Tainá.

O TNH1 ainda não conseguiu falar com a acusada.

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