Delegado afirma que assassino confesso de vereador não estava drogado

Publicado em 30/11/2018, às 16h28
Reprodução TV Pajuçara -

João Victor Souza

Após a entrevista de Henrique Matheus da Silva Souza, assassino confesso do vereador Silvânio Barbosa, à TV Pajuçara, o delegado Fábio Costa, um dos responsáveis pela prisão do jovem, recebeu a imprensa nesta sexta-feira (30), no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), em Mangabeiras, para comentar as declarações do autor do crime. 

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Durante a conversa, o delegado declarou que o jovem, que alega ter se drogado no dia do assassinato de Silvânio, mentiu diante do apresentador Oscar de Melo e quis minimizar o crime.

“O que ele alega agora é que supostamente estaria drogado, sob efeito de algum entorpecente. [No interrogatório] Ele disse que não fazia uso de drogas. Conversamos com pessoas próximas a ele, pessoas que moravam com ele, e elas disseram que o Henrique não fazia uso de drogas”, disse.  “Ele contou todos os detalhes do bárbaro crime que cometeu. O que ele faz hoje é criar uma tese para minimizar isso”, continuou.

Sobre a realização de um exame toxicológico em Henrique após a prisão, Costa afirmou que o procedimento não é comum e, por isso, não foi realizado. “Não é de praxe fazer este tipo de exame. A lei penal diz que um indivíduo tem a liberdade para se embriagar e para se entorpecer, por isso ele não se exime da responsabilidade pelo fato de supostamente estar drogado. E eu reitero. Ele não estava, pois se lembra de todos os fatos”, garantiu.

Em relação a outro trecho da entrevista à TV Pajuçara, o delegado destacou que Henrique não usou a faca para se defender e já sabia o que ia fazer momentos antes de sair com o vereador.

“Ele falou que não premeditou o crime, mas a faca não era dele, então ele pegou a arma no faqueiro da casa onde morava na noite do crime. Ele confessou isso para nós”, disse Costa.

"Ele já havia saído com o Silvânio. Sabia que ele era vereador e analisou os objetos, o carro, principalmente. Diante disso, planejou a ação. Ele achava que ia praticar o crime e ia sumir no mundo, acreditando que a polícia não ia encontrá-lo", completou.

Henrique está recluso no Presídio do Agreste e vai ser julgado pelo assassinato de Silvânio Barbosa. As investigações da polícia apontaram para crime de latrocínio e o jovem pode ter uma pena que varia de 20 a 30 anos.

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