Redação
Defesa do acusado de matar nutricionista Renata Sá alega insanidade do réu (Crédito: Erik Maia/TNH1)
O advogado de defesa de Leonardo Lourenço da Silva, acusado de matar a nutricionista Renata Sá, disse que a linha da defesa durante o julgamento por Júri Popular, na tarde desta segunda-feira, 26, é alegar insanidade mental do réu e pedir o cumprimento da pena no Manicômio Judiciário.
O advogado defende a tese da imputabilidade do réu confesso Leonardo Lourenço da Silva, onde nenhuma pena poderá ser aplicada ao acusado que já foi condenado por outro crime.
Durante o julgamento, oito testemunhas de acusação serão ouvidas. Elas foram arroladas pela promotoria. Nenhuma testemunha de defesa foi convocada.
De acordo com o Juiz John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal da Capital, o julgamento será tranquilo e deve ser concluído no fim da tarde.
O primeiro a ser ouvido foi a primo de Renata, Victor Almeida de Hollanda, Ele contou que foi o primeiro a chegar ao local onde o corpo foi encontrado porque é o único parente que mora em Maceió. Ele fez um apelo para que Leonardo seja preso e que não seja solto como da vez anterior.
Em seguida, prestou depoimento José da Silva, funcionário da empresa onde foi encontrado o carro de Renata.
O magistrado ouviu também os depoimentos do pai da vítima, Carlos Alfredo Ferro de Sá, do irmão dela, Carlos Alfredo Ferro de Sá Júnior, e do noivo de Renata, José Braúlio Ventura Vieira.
Emonionado, o pai de Renata levou ao júri o diário de Renata Sá, de 2006, onde ela falava sobre a preocupação com família.
Também sob muita emoção, a mãe da nutricionista prestou depoimento. "Dias antes havia alertado a Renata sobre um estuprador que estava agindo no Farol, o mesmo que matou a minha filho", disse Ronilde Vieira de Almeida.
Veja parte do depoimento do pai de Renata Sá
O caso
O crime ocorreu em julho de 2014, no bairro Santa Amélia, em Maceió. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), Renata Sá estava entrando em seu carro, quando foi abordada pelo acusado, que segurava uma arma. Ele assumiu a direção do veículo e ordenou que ela ficasse no banco traseiro.
Ainda segundo o órgão ministerial, Leonardo tinha a intenção de levar a vítima a um motel, onde a estupraria. Ele, no entanto, desistiu do plano e dirigiu até um matagal, onde efetuou dois disparos contra a nutricionista.
Depois do crime, o réu abandonou o carro da vítima próximo a uma oficina mecânica e fugiu. Leonardo acabou sendo filmado por câmeras de segurança que funcionavam no local e foi detido, dias depois, pela polícia. Na casa dele, foram encontradas a arma do crime e uma bolsa pertencente à nutricionista.
Em depoimento, Leonardo confessou o crime. Disse que matou por medo de ser reconhecido. Ele será julgado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). A sessão ocorrerá no Fórum do Barro Duro, no 2º Tribunal do Júri.
LEIA MAIS