Defesa diz que se Mirella matasse todas as amantes do marido seria "serial killer"

Publicado em 11/10/2017, às 11h49

Redação

A defesa de Mirella Granconato, acusada de mandar matar a universitária Giovanna Tenório, em 2011, vai defender a tese de negativa de autoria durante o julgamento da ré, nesta quarta (10), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

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O advogado Raimundo Palmeira disse que não há nenhum elemento nos autos que ligue Mirella a Luiz Alberto Bernardino, autor material do crime, condenado no dia 28 passado. Ele defende ainda que as mensagens de ameaça enviadas pela ré à vítima eram antigas já na época do crime e que é uma atitude comum de uma mulher traída.

“Se a Mirella fosse agir no sentido de tirar a vida de cada amante que seu marido teve, seria uma serial killer”, declarou o advogado, antes do início do júri, nesta manhã. Isso porque Giovanna teria tido um relacionamento com o ex-marido de Mirella, Antônio Bandeira, fato que teria motivado o crime.

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A defesa diz que as mensagens que levaram ao pronunciamento de Mirella pelo Ministério Público são fatos ocorridos quase um ano anos da morte da vítima. Segundo Raimundo Palmeira, o depoimento de testemunhas em audiências anteriores demonstra que o conflito entre as duas jovens já não teria mais “relevância” para ambas no momento em que ocorreu o homicídio.

“Em uma das últimas ameaças, ela [a Mirella] diz: ‘Ainda vou ver você respeitando homens casados’. Quem quer matar outra pessoa não diz que quer ver a outra com uma conduta”, defende Raimundo.

O caso

De acordo com os autos, Giovanna Tenório desapareceu no dia 2 de junho de 2011, por volta das 12h30, nas proximidades da Faculdade de Fisioterapia do Cesmac, no bairro do Farol. O corpo da estudante foi encontrado dias depois, em um canavial na Fazenda Urucum, situada entre os municípios de Rio Largo e Messias.

Ainda segundo o processo, a mandante do crime seria Mirella Granconato Ricciardi, que teria descoberto o envolvimento da estudante com o marido dela, Antônio de Pádua Bandeira. Luiz Alberto Bernardino teria executado o crime e foi condenado no dia 28 de setembro.

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