Theo Chaves
A defesa de Cibely Barboza Soares e do marido dela, o também policial militar Gheymison do Nascimento Porto, protocolou na Justiça, nesta terça-feira (6), um pedido para converter a prisão domiciliar do empresário Edson Lopes da Rocha em prisão preventiva. Edson Lopes é acusado de atropelar e matar Cibely Barbosa enquanto ela praticava ciclismo na Al-220, em Arapiraca, em outubro de 2023. Gheymison, que também praticava ciclismo na via, teve ferimentos e foi socorrido. Ele chegou a ficar internando em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas ganhou alta médica dias após o atropelamento.
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No pedido protocolado na Justiça, o advogados dos PMs [assistente de acusação] alega que Édson Lopes não estaria mais em situação de extrema debilidade e que ele ainda está descumprindo as medidas cautelares para se deslocar até um unidade hospitalar — local onde a mãe do empresário suspostamente estaria internada.
Ainda segundo o pedido, a defesa de Edson Lopes não apresentou laudo médico ou documentos que atestem o eventual estado de saúde crítico da mãe do empresário.
"Essa flexibilização retirou por completa a natureza de ser da prisão domiciliar. Tanto é verdade que o réu o réu descumpriu a medida imposta por este juízo e deslocou-se a um hospital a fim de visitar sua genitora que estava enferma, nos exatos termos petição e anexo juntada pela própria defesa. Quanto ao pleito da possibilidade de visitar a mãe, verifica-se que não fora juntado laudo médico ou documentos que de fato atestem o eventual estado de saúde supostamente crítico. Consta apenas a informação da idade (80 anos de idade) e uma foto, mas não fora juntado aos autos outros elementos de prova que esclareçam a situação de enfermidade", é citado na petição.
Na petição (veja abaixo), a defesa dos policiais também pede o histórico completo do monitoramento eletrônico do empresário e que ele seja submetido a um nova perícia médica, para declarar o real estado de saúde dele
Policiais e profissionais do Samu são intimados a depor - Militares do 3° Batalhão da Polícia Militar de Alagoas e profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-AL) foram intimados pela Justiça de Alagoas, na última segunda-feira (29), a depor no processo que investiga a morte da policial militar Cibely Barboza Soares.
A determinação de intimar novas testemunhas do caso foi proferida pelo juíz Alberto de Almeida, da 5 ª Vara de Arapiraca, no último dia 31. Na decisão, o magistrado cita que os policiais militares, que estiveram na ocorrência do atropelamento, devem prestar depoimento após pedido feito pelo assistente de acusação [advogado das vítimas].
Já o pedido para que os profissionais do Samu-AL prestem depoimento foi feito pela defesa do empresário. Os advogados estariam tentando corroborar a tese de que não houve omissão de socorro às vítimas.
responsável pelo atendimento de emergência aos policiais atropelados e se foi utilizado pela corporação uma ou mais viaturas durante a ocorrência.
A previsão é de que as testemunhas prestem depoimento no dia 02 de abril, quando deve acontecer uma nova audiência de instrução do caso. Além dos policiais e dos profissionais do Samu-AL, testemunhas de defesa de Edson Lopes da Rocha também devem ser ouvidas.
O caso - Cibelly Barboza e o marido Gheymison do Nascimento, ambos policiais militares, faziam ciclismo no dia 14 de outubro do ano passado, quando foram atropelados por uma caminhonete preta em um trecho da rodovia AL-220, em Arapiraca. A mulher chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no mesmo dia. Já Gheymison do Nascimento foi socorrido e recebeu alta dias após o atropelamento.
O motorista da caminhonete foi identificado como Edson Lopes, um empresário da cidade de Arapiraca. Na presença de um advogado, o empresário prestou depoimento e negou o uso de bebidas alcoólicas. Ele ainda disse que não tinha visto ciclistas no acostamento da AL-220.
Edson Lopes virou réu pela morte de Cibelly Barboza e aguarda o julgamento em prisão domiciliar.
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