Defesa de irmãos condenados vai pedir anulação do júri do 'caso Rhaniel'

Publicado em 13/12/2022, às 10h45
Vítor Serafim era padrasto do menino Rhaniel | Foto: Ascom TJ -

Eberth Lins com TV Pajuçara

A defesa dos irmãos Vítor de Oliveira Serafim e Wagner de Oliveira Serafim - condenados pelos crimes de homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver cometidos contra o menino Rhaniel Pedro - vai pedir a anulação do juri popular, cujo resultado foi anunciado na noite dessa segunda-feira (12). Além dos irmãos, a mãe da vítima, Ana Patrícia da Silva Laurentino Lourenço, também foi condenada.

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Ana Patrícia (de máscara rosa), Wagner (depondo) e Vítor (de camisa vermelha). | Foto: Adeildo Lobo / Ascom TJ

O advogado de defesa dos irmãos Serafim disse que acredita numa nulidade dos resultado do júri e que "na pior das hipóteses, a pena será adequada aos limites legais". "Pena exacerbada que passa, inclusive, do máximo legal. A decisão do júri foi contrária às provas dos autos em relação ao senhor Vítor e em relação a Wagner, em relação ao Wagner pior ainda. Num momento o laudo diz que na noite do suposto crime, o Wagner estava no Benedito Bentes e nas informações diz que ele estava na Cidade Universitária. Ocorre que isso prova que ele não participou do crime, que foi cometido no Clima Bom, e mesmo assim o Conselho de Sentença também condenou esse rapaz", alega Raimundo Palmeira, advogado de defesa dos irmãos.

Raimundo Palmeira, advogado dos irmãos Vitor e Wagner. Foto: Reprodução / TV Pajuçara

Ana Patrícia deverá cumprir 41 anos e cinco meses de reclusão. Vítor Serafim, padrasto do menino, foi condenado a 49 anos e dez meses de reclusão. Já Wagner Serafim, irmão de Vítor, recebeu a pena de 41 anos e cinco meses de reclusão. As penas deverão ser cumpridas em regime inicialmente fechado, e todos os réus deverão pagar multa.

Ary Lages, promotor de Justiça que atuou no caso, ressaltou que todas as teses do Ministério Público Estadual (MPE) foram acatadas pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). "Foram três qualificadoras de homicídio, mais estupro de vulnerável, mais ocultação de cadáver. Conseguimos fazer um respaldo grande das provas periciais somando com as provas testemunhais", resumiu, se dizendo satisfeito com as condenações dos réus.

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