Stéfanie Rigamonti/Folhapress
Os bancos devem investir neste ano cerca de R$ 4,7 bilhões em cibersegurança, em meio a um esforço conjunto de combate a golpes e fraudes bancárias, que causam prejuízos aos clientes e às próprias instituições financeiras.
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Segundo pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), realizada pela organização de serviços profissionais Deloitte, o montante representa 10% do que os bancos brasileiros projetam destinar à tecnologia em 2024, atingindo um total de R$ 47,4 bilhões.
A estimativa foi calculada com base nos valores indicados pelos bancos participantes e mostra que, se concretizada, as instituições terão aumentado em 98% seus investimentos anuais em tecnologia no período de cinco anos. Em 2019, o montante destinado a essa finalidade foi de R$ 23,9 bilhões, entre investimentos e despesas
A pesquisa ainda aponta que a segurança cibernética é prioridade estratégica para 100% dos bancos entrevistados, que focarão investimentos em arquitetura, infraestrutura e ferramentas especializadas para detecção e respostas a ameaças cibernéticas.
As instituições também pretendem centrar seus investimentos nessa área para gestão de identidades e acessos, treinamento e conscientização dos colaboradores, segurança de computação em nuvem, testes de invasão e criptografia dos dados e informações.
"A indústria brasileira é protagonista do que há de mais inovador em tecnologia bancária e os investimentos feitos pelos bancos ao longo dos anos comprovam o empenho que as instituições têm em trazer anualmente novidades, experiência personalizada para os clientes e 100% de segurança nas operações financeiras do dia a dia", diz Rodrigo Mulinari, diretor responsável pelo levantamento.
Com a rápida popularização dos serviços bancários via smartphone nos últimos anos, os bancos têm recorrido a vários tipos de mecanismos para conter as fraudes bancárias, que acontecem de formas cada vez mais variada, e que costumam passar por ofertas atraentes e infundadas de prêmios ou emprego.
Quando é comprovada que a fraude foi causada por uma falha nos sistemas dos bancos, eles precisam ressarcir os clientes. Mas quando a vítima é engada por criminosos, as instituições financeiras, então, analisam caso a caso.
Pesquisa recente do Datafolha encomendada pelo Nubank mostrou que sete em cada dez brasileiros já ouviram falar de pessoas que foram vítimas de golpes envolvendo aplicativos de bancos.
Entre os 72% da população que respondeu que conhece alguma vítima de golpe, 56% consideram que falta de conhecimento e ingenuidade são os principais motivos para a conclusão do crime.
Já para 15%, os golpes têm a ver com falhas de segurança das instituições financeiras.
Além da segurança e privacidade de ponta, os bancos estão comprometidos neste ano com outras questões da agenda de transformação das instituições financeiras.
Segundo a pesquisa, experiência do cliente, inovações tecnológicas, personalização de produtos e serviços, responsabilidade social e sustentabilidade e ofertas integradas de ecossistema -que visa promover maior integração entre tecnologia e negócios- são as prioridades em 2024.
"A pandemia acelerou o processo de digitalização da tecnologia bancária, juntamente com o nascimento do Pix, a implementação do Open Finance e, no momento, a chegada do Drex, resultando em uma maior oferta de produtos e serviços para o cliente. Tudo isso reflete nas prioridades dos bancos para explorar novos formatos de atendimento e busca por excelência operacional", diz Mulinari.
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