De chocolate a frutos do mar, Páscoa movimentará cerca de R$ 29 milhões em Maceió

Publicado em 05/04/2022, às 16h54
Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil -

Ascom Fecomércio-AL

O elevado custo de vida sentido no bolso de todos os brasileiros vai refletir na Semana Santa deste ano. Em Maceió, a pesquisa de Intenção de Consumo para a Páscoa 2022, realizada pelo Instituto Fecomércio AL, indica que somente 42,11% dos consumidores pretendem comprar ovos de chocolate. Este percentual é 23,43% menor do que o registrado ano passado (55,4%) e o mais baixo desde 2016, quando o estudo começou a ser feito.

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Apesar deste desempenho, a data deve movimentar aproximadamente R$ 29 milhões, superando em R$ 3 milhões o valor de 2021, o que representa um aumento de 10,34%. Na divisão do montante, cerca de R$ 14 milhões serão destinados a compras de chocolates (ovos ou barras), ficando o tíquete médio em R$ 87,25; e R$ 15 milhões serão gastos entre vinhos e frutos do mar, com tíquete médio estimado em R$ 88,25.

Chocolates - Dentre os 42,11% que comprarão ovos de Páscoa, 76,44% irão presentear parentes (66,22%), cônjuges (23,11%) e amigos (10,67%). Questionados sobre a intenção de substituírem os ovos industrializados pelos de fabricação caseira, 42,79% disseram que sim, 16,83% ainda estão na dúvida e 40,38% continuarão comprando os industrializados. Os motivos apontados para a troca foram o preço mais barato (46,30%), os sabores (38,89%) e como forma de incentivo aos pequenos e microempreendedores (14,81%). Já a pretensão de substituir os ovos por barras de chocolate foi apontada por 12,98% dos entrevistados, que alegaram o preço como fator (100%).

Entre os 57,89% que não irão investir em chocolates, 68,59% afirmaram não ter o hábito de comprar este produto; 24,91% estão endividados ou sem renda; 3,85% não comprarão devido aos valores; 3,25% não têm a quem presentear; e 1,81% preferem outros tipos de chocolate. A produção dos próprios ovos foi o motivo apontado por 0,72%.

E como nos últimos tempos os preços vêm ditando o comportamento dos consumidores, 31,86% devem gastar entre R$ 51 e R$ 100; 26,96% 20,10% estimam desembolsar até R$ 50; e 20,10% planejam gastar de R$ 100 a R$ 150. Acima de R$ 200 deve ser a faixa de preço para 10,29% dos entrevistados.

Vinhos e frutos do mar - As compras de vinhos e frutos do mar devem fazer circular R$ 15 milhões na economia da capital. Isto porque 24,29% dos consumidores estão dispostos a comprar a tradicional bebida e outros 48,39% investirão em frutos do mar, totalizando 72,68% de intenção de compras para estes itens. Os gastos devem ficar entre R$ 51 e R$ 100 para 28,73% destes consumidores; até R$ 50 para 23,76%; entre R$ 100 e R$ e R$ 150 para 18,78%; entre R$ 150 e R$ 200 para 14,92%; e acima de R$ 200 para 13,81%.

Locais - Assim como nos anos anteriores, os supermercados terão a preferência dos consumidores na hora da realização das compras, sendo escolhidos por 45,22%. A segunda opção dos consumidores será o Mercado da Produção, com 21,51%, mas há os que ainda os que buscarão as lojas de rua (12,13%), os shoppings (8,27%), o Centro (7,35%) e as compras on-line (2,02%). Entre os motivos que determinam a escolha do local, o preço é fator diferencial (48,58%), seguido da qualidade dos produtos (33%), promoções (32,79%), variedade (16,40%), entre outros.

A maioria dos consumidores realizará o pagamento à vista em dinheiro (48,16%). A modalidade à vista via cartão de débito aparece em segundo lugar (19,82%), seguida pelo uso do rotativo do cartão de crédito (17,51%) e pelo parcelamento no cartão de crédito (13,36%).

O Pix, que pela praticidade e agilidade vem ganhando espaço entre as transações financeiras, foi apontado por 0.69% dos entrevistados. O baixo percentual está relacionado ao próprio perfil de consumo: itens industrializados e de larga venda em supermercados, o que se faz deduzir que esta nova modalidade de pagamento deve ser mais utilizada entre os que comprarão ovos caseiros

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