Brasil

Crime ambiental: casal é preso com "tartarugas da Amazônia”

| 05/08/24 - 18h08
| Foto: PC AM

Um casal foi preso em flagrante por crime ambiental, em Fonte Boa, no Amazonas, nesta segunda-feira (5). A Polícil Civil do Amazonas deu voz de prisão ao casal após encontrarem 26 quelônios da espécie tartaruga-da-amazônia. Wandrey Lourenço Barbosa, de 33, investigado por tráfico de drogas na cidade.

Conforme o delegado Bruno Rafael Nunes, da 70ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Juruá (a 674 quilômetros de Manaus), as diligências iniciaram após a equipe policial da 55ª DIP de Fonte Boa solicitar apoio para cumprir a prisão preventiva de Wandrey. A ação contou com o apoio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e Guarda Civil Municipal (GCM).

“Segundo as investigações da 55ª DIP, o homem tem bastante influência com o tráfico de drogas em Fonte Boa. Ele e a sua companheira estavam residindo em Juruá e, na casa deles, encontramos 26 quelônios da espécie Tartaruga da Amazônia”, disse o delegado.

De acordo com o delegado, Wandrey e a sua companheira, Nelsa da Silva, de 28 anos, receberam voz de prisão por crime ambiental. O homem deve responder por tráfico de drogas e crime ambiental e a mulher apenas por crime ambiental. Os dois estão à disposição da Justiça.

Os quelônios foram soltos no rio após a apreensão. A espécie é da da família Podocnemididae, encontrada no rio Amazonas e seus afluentes. O répitio chega a alcançar a quase um metro de comprimento e faz parte da tradição indígena da região.

O animal também é conhecido como “jurará-açu”, que advém do dialeto tupi antigo, em que “jurará” é derivado da “iurará”, que significa cágado ou quelônio; e o termo “açu”, tido como adjetivo para algo grande, originando o nome “jurará-açu” ou “cagado grande”.

A origem desse nome ainda remete à deusa da mitologia tupi-guarani, Juraráaçu, que foi transformada em tartaruga por Tupã, como punição por ter libertado Anhangá da prisão, segundo a Associação Comercial do Amazonas (ACA).