g1 Bahia
Uma criança de 4 anos morreu e o pai dela ficou ferido em incêndio em um apartamento no bairro do Jambeiro, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
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O caso aconteceu por volta das 4h dessa sexta-feira (19), em um dos prédios do condomínio residencial Santo Amaro de Ipitanga, localizado na Avenida Progresso, entregue há pouco mais de dois anos através do programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo a Polícia Civil, a criança que morreu foi identificada como Samuel Borges de Abreu.
Samuel Borges estava com o irmão de seis anos em um dos quartos do apartamento em que moravam, localizado no segundo andar do prédio.
De acordo com a família, o pai das crianças, identificado como Renato Abreu, de 62 anos, chegou a entrar no quarto e conseguiu salvar um dos filhos. Ao sair do imóvel, descobriu que o outro menino estava dentro do apartamento, mas não conseguiu retornar ao local, que já estava tomado por chamas.
Na tentativa de salvar os filhos, Renato Abreu também foi atingido pelo fogo. Ele foi atendido por equipes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Não há detalhes sobre o estado de saúde dele.
O Corpo de Bombeiros informou que quando uma equipe da corporação chegou ao local, o incêndio já tinha sido debelado por moradores. Os Bombeiros informaram que encontraram Samuel morto dentro do quarto.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado e fez a remoção do corpo. Ainda não foram definidos o dia e o local dos velórios e sepultamentos do menino.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal |
Medidas de segurança
Ainda não se sabe o que causou o incêndio. Os moradores afirmaram que alguns dos apartamentos do condomínio apresentaram problemas com instalações elétricas nos últimos meses.
"Disseram que foi problema com o ventilador, mas eu não sei. O hidrante não tinha uma gota de água, como é que ia apagar? O pessoal foi nas casas, encheu baldes, pegou extintores e conseguiu apagar o fogo", disse uma vizinha da família.
"Quando os bombeiros chegaram, não adiantava mais, porque a gente já tinha apagado. Mesmo assim a criança morreu. Para mim foi por conta dos fios, mas não sei", acrescentou.
Uma outra vizinha disse que deixou o prédio após ouvir gritos de socorro.
"Ouvi o pessoal pedindo socorro, aí abri a janela e perguntei o que estava acontecendo. Aí falaram: 'tia, sai daí que o prédio está pegando fogo. Aí desci com meu neto", relatou a idosa.
O capitão do Corpo de Bombeiros, identificado como Góes em entrevista à TV Bahia, disse que vistoriou o prédio e encontrou todos equipamentos de segurança. No entanto, as caixas de água dos hidrantes de todos os pavimentos estavam vazias.
"Para que ter hidrante, se não tinha água? Se tivesse, a gente tinha apagado mais rápido e a criança não tinha morrido", lamentou uma vizinha da família.
De acordo com o capitão Góes, além de vazias, as caixas de água dos hidrantes também estavam sem mangueiras e chaves.
"Conversando com os moradores, eles relataram que não teve nenhum treinamento para usar esses equipamentos. Então, de nada adianta ter a instalação preventiva no prédio e os moradores não saberem utilizar", afirmou o militar.
Um dos moradores do prédio também afirmou para o Corpo de Bombeiros que o alarme de incêndio não foi acionado.
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