Contrato investigado é o mesmo que a Odebrecht diz ter negociado com Temer

Publicado em 08/05/2018, às 13h49

Redação

O contrato investigado na nova fase da Lava Jato, deflagrada nesta terça (8), é o mesmo que a Odebrecht disse ter negociado com o presidente Michel Temer (MDB) em 2010 em troca de propina, conforme revelou a Folha de S.Paulo.  

LEIA TAMBÉM

O contrato internacional, o PAC-SMS, foi firmado em 2010 entre a Petrobras e a Odebrecht e envolvia levantamentos de segurança, meio ambiente e saúde em nove países onde a estatal atua. O valor do contrato foi de mais de US$ 825 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões).

O ex-presidente da Odebrecht Engenharia Márcio Faria disse em delação que o MDB negociou propina de 5% do contrato, correspondente a US$ 40 milhões. 

Segundo ele, houve um encontro com Temer, quando vice de Dilma Rousseff (PT), e outras pessoas, como o ex-deputado Eduardo Cunha, para tratar do acordo. Faria disse que, nesta ocasião, não se falou em valores, mas que ficou claro que se tratava de propina relacionada ao contrato, e não contribuição de campanha. 

Em entrevista à imprensa na manhã desta terça, a força-tarefa da Lava Jato no Paraná confirmou que o contrato é o mesmo, mas que os procuradores de Curitiba têm como competência investigar apenas agentes que não têm foro especial. 

Segundo a Procuradoria, o repasse de propina superou US$ 56,5 milhões dedólares (equivalente a R$ 200 milhões) e se estendeu de 2010 a 2012. A propina, de acordo com a acusação, foi recebida por executivos da estatal e agentes que se apresentavam como intermediários do MDB.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Justiça condena homem que chamou artista de 'traveco' em post de casa de shows, em Maceió Justiça proíbe condomínio de usar galinhas contra praga de escorpiões Justiça manda indenizar mulher que contraiu HPV após traições do ex-marido STF nega liberdade condicional a ex-deputado Daniel Silveira