Confusão por causa de flau "tamanho GG" termina em pancadaria na orla de Guaxuma

Publicado em 11/03/2024, às 17h56
Reprodução/Video -

Theo Chaves e João Victor Souza

O desentendimento por causa do nome de um flau (tipo de sorvete congelado dentro de um saco plástico, conhecido em outras regiões como sacolé, dudu, dindin, etc) terminou em pancadaria, na tarde do último sábado (09), na frente de um bar da orla de Guaxuma, bairro do Litoral Norte de Maceió. A confusão envolveu vendedores ambulantes, que são da mesma família, e funcionários do quiosque, e teria sido provocada após uma brincadeira de duplo sentido, relacionada ao produto do comerciante.

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Segundo o relato de um dos ambulantes, a briga começou após a proprietária do estabelecimento não gostar do nome de um flau comercializado pela família. "Eu e meus filhos trabalhamos vendendo flau em várias praias de Maceió e Região Metropolitana. O nome do flau é: "o meu é grande e do grosso, tamanho GG". Porém, esse nome acabou incomodando a dona do quiosque em Guaxuma", iniciou.

"Quando passamos pela praia, oferecendo os produtos, ela me chamou para conversar e disse que não gostava daquele nome dado ao flau e que ele não poderia vender na área de Marinha. A mulher ainda veio dizer que se algo nos acontecesse, ela não se responsabilizaria por nada. Nesse momento, um dos garçons do estabelecimento me tirou para fora e me agrediu", continuou o homem de 44 anos. 

Imagens feitas pelos filhos de ambulante (veja abaixo) mostram o momento da confusão. No registro, um dos funcionários aparece desferindo um soco contra a vítima, que cai ao chão. 

Confusão por causa de flau "tamanho GG" termina em pancadaria em Guaxuma. pic.twitter.com/cxXFQKPxRQ

— TNH1.com.br (@PortalTNH1) March 11, 2024

Ainda de acordo com o relato do vendedor, os dois filhos dele, um jovem de 21 anos e um adolescente de 14 anos, presenciaram a agressão e tentaram intervir na situação. O homem ainda contou que, nesse momento, o filho mais velho teria sido brutalmente agredido pelo grupo de funcionários do estabelecimento. 

"Quando eu tomei um soco no rosto, o meu filho mais velho veio me defender e foi agredido também. Ele caiu ao chão e vários funcionários desferiram chutes e socos nele. As agressões só terminaram após uma viatura do 13° Batalhão da PM passar pelo local e intervir na situação", completou.

Após as agressões, pai e filhos registraram um boletim de ocorrência. Um dos jovens foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito.

O que diz a dona do estabelecimento - Em contato com o TNH1, a proprietária do bar afirmou que a confusão teve início depois de uma cliente procurar os funcionários do local para fazer uma reclamação sobre o ambulante. A mulher, uma policial que estava de folga, disse para a equipe do quiosque que o homem a incomodou com as brincadeiras sobre o flau, na frente da filha adolescente e da mãe idosa.

"Eu não me incomodo com a presença dos ambulantes, a gente não pode impedi-los e também não vejo problema em eles oferecerem os seus produtos aos clientes na praia, mas tem que ter educação, e esse ambulante específico tem uma abordagem de duplo sentido, que acaba ofendendo quem não está a fim de brincadeira, quem está com a família...", disse a empresária.

"Nesse episódio, a nossa cliente foi uma policial de folga, que estava com a filha de 13 anos e a mãe idosa. Ele a abordou com piadinhas sobre o flau dele. Eu já consumi o produto dele, é bom, ele não precisa fazer isso, mas ele diz que é o marketing dele. Então a cliente se sentiu incomodada, se levantou e foi procurar a gente para questionar se o bar era de família ou não era, e cobrou da gente uma atitude", acrescentou.

A dona do bar também explicou que o gerente tentou dialogar com o vendedor e o chamou para fora do estabelecimento, momento em que segundo ela, houve a agressão contra o funcionário e o começo da pancadaria.

"O gerente do bar o chamou para conversar lá fora, para resolver no diálogo, aí o ambulante o pegou pelo colarinho e deu uma cotovelada. Aí começou a confusão, os meus funcionários foram até lá e houve as agressões. Foi aí que reconheço que eles erraram, eles deviam apartar a briga e não piorá-la. Mas estavam de sangue quente também. Aí um policial que está próximo deu um tiro para cima para dispersar", destacou.

"Ele é oportunista, gosta de se aproveitar, quer ganhar dinheiro. Aí fica filmando para postar nas redes sociais. Teve uma vez que um cliente armado ficou bravo com ele, porque estava com a companheira, mais nova, no seu segundo casamento, e ele ficou fazendo gracinha. Teve outro que nos procurou dizendo que ia matá-lo. Então não foi um episódio só, ele vem causando problema por causa dessas brincadeiras de duplo sentido. Eu já o orientei para parar com isso, porque ele pode acabar morrendo se pegar alguém mais esquentado".

Nas redes sociais, o bar emitiu uma nota e destacou que a cliente e o gerente também registraram boletim de ocorrência, e testemunhas e outras gravações da confusão serão apresentadas posteriormente em audiência. Veja abaixo:

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